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Esquerda varrida do mapa catarinense nas eleições municipais

Mas olhemos para o país primeiro. O PT, partido que voltou ao poder depois de barbaridades em série, pra não dizer outra coisa, do Judiciário deste país, não elegeu um prefeito de Capital sequer. Há quatro vermelhos em segundos turnos, mas todos em seríssimas dificuldades e praticamente sem perspectivas reais de vitória. Os petistas perderam, por exemplo, em todo o grande ABC paulista, berço do lulopetismo e dos lulofanáticos.

Historicamente vexatório, abaixo da crítica, o desempenho das esquerdas, começando pelo PT, nas eleições municipais de domingo passado.
Se alguém ainda tinha dúvida sobre o que quer, o que pensa e como se posiciona politicamente o eleitorado catarinense, ela foi dissipada. Porque os partidos de esquerda foram praticamente varridos do mapa municipal de Santa Catarina.
Mas olhemos para o país primeiro. O PT, partido que voltou ao poder depois de barbaridades em série, pra não dizer outra coisa, do Judiciário deste país, não elegeu um prefeito de Capital sequer.
Há quatro vermelhos em segundos turnos, mas todos em seríssimas dificuldades e praticamente sem perspectivas reais de vitória. Os petistas perderam, por exemplo, em todo o grande ABC paulista, berço do lulopetismo e dos lulofanáticos.
Tão cantado e decantado em verso e prosa pela canhotada nacional, o PSOL, não elegeu um prefeito no Brasil. Somando o restante dos satélites de sempre do PT, como PCdoB, Rede, PV e por aí vai, não deu uma dúzia de prefeituras tupiniquins.
O presidente de mais de 60 milhões de votos em 2022 foi escondido durante a campanha das esquerdas. Mas sem dúvidas segue sendo o homem mais popular da história deste país, sem dúvidas, evidentemente. E claro que ele é favoritíssimo a novo mandato em 2026, quiçá em 2030 e ad aeternum. Viva a democracia, o Brasil voltou!

Desastre

Em Santa Catarina, o blog vinha vaticinando, desde o ano passado, que o PT teria que se esforçar muito para eleger uma dúzia de prefeitos. Fez sete. Uma prefeitura no Sul e seis no Oeste, base de cinco dos seis deputados petistas do estado.
Todas cidades pequenas ou de porte minúsculo.

Perdeu a mão

O presidente estadual do PT, Décio Lima, será muito questionado por seus pares. E não adiantará vir com a história de que chegou ao segundo turno em 2022, etc. e tal. Até porque isso só foi possível em função das cinco candidaturas de centro-direita naquele pleito.

Lulismo

Outro aspecto: Décio só carimbou o passaporte para o segundo turno, onde chegou com as calças na mão, pela polarização entre Bolsonaro e Lula. A deidade vermelha ainda conseguiu 30% dos votos catarinenses, impulsionando localmente o compadre. Ponto.

De costas

O fato é que Décio Lima não esteve nem aí, ficou de costas para o partido desde então. Ganhou do chefe um cargo nacional, com orçamento bilionário, mas não deixou a proa do PT estadual. Mas o pior, não fez questão alguma de preparar e fortalecer a sigla para o pleito de domingo passado. Deu no que deu.

Substituição

Sem sombra de dúvidas, a corrente mais à esquerda do PT catarinense, liderada por Pedro Uczai e Luciane Carminatti, que formaram dobradinha à prefeitura de Chapecó – e acabaram humilhados nas urnas, vão reagir.

Sofrível

E olha que os dois, Uczai e Luciane, foram os recordistas de votos proporcionais pelo PT em 2022. Ele a federal e ela a estadual. Mas não conquistaram nem 15% dos votos chapecoenses.

Rumos

Depois do desastre absoluto registrado no dia 6 de outubro, certamente eles vão pleitear o comando do PT de Santa Catarina. Sem uma mudança radical e reestruturação do partido, a tendência é que os petistas protagonizem um novo e gigantesco desastre em 2026.

Acachapante

Por fim, é fundamental registar que outros apêndices históricos do PT, o PSB, o PSOL, o PDT, o PCdoB e o PV, enfim, os de sempre, não fizeram um prefeito sequer no Estado. Nada, zero. Ou seja, fácil deduzir, para desespero também da mídia aparelhada e dos jornalistas militantes, que o grande derrotado sob o aspecto partidário nestas eleições foi a esquerda catarinense.

(Foto: Tiago Ghizoni, arquivo NSC)

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