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Estado economiza em combustível o equivalente para percorrer três vezes a distância até a Lua

Uma alteração significativa na forma de aquisição de combustíveis para a frota do Estado, orquestrada pela Secretaria de Estado da Administração desde o começo deste ano, está surtindo considerável economia para os cofres públicos, além de inúmeras facilidades de gestão. Só nos dois primeiros meses, a economia em combustíveis foi de 130,4 mil litros, entre gasolina e óleo diesel. Fazendo um comparativo, se considerarmos que um carro popular percorre 10 quilômetros com um litro de gasolina, com a quantidade economizada seria possível percorrer 1,34 milhão de quilômetros, o equivalente a ir três vezes da Terra até a Lua, (considerando que a distância até a Lua é de 384.400 quilômetros).

“Parece mágica, né? Mas é gestão”, brincou a diretora de Gestão Patrimonial da Secretaria de Estado da Administração, Junia Rosa Soares. Ela explica a nova modalidade adotada pela Administração na compra dos combustíveis: “O que fizemos foi juntar o poder de compra do Estado com a lógica das compras em rede para conseguir melhorar o preço pago pelos combustíveis e aumentar a oferta de postos credenciados. Assim, os veículos da frota estão rodando menos para chegar aos postos para abastecerem, o que tem resultado em economia.”

Na prática, o número de postos credenciados para abastecimento mais que duplicou, passando de 300, em dezembro do ano passado, para 677 em fevereiro deste ano. Outro benefício significativo foi a extinção de 2.688 contratos diferentes, que eram administrados pela SEA, com os postos de combustíveis e outras secretarias. Agora, uma única empresa foi licitada para fornecer o combustível para o Estado. “Atualmente, esta empresa negocia o preço e ainda nos dá um desconto sobre o valor  pago à vista para o posto. Um modelo que já vem sendo adotado por grandes empresas e que vinha sendo estudado há mais de um ano por Santa Catarina, mas que somente foi implantado no começo da atual gestão,” explicou Junia.

De acordo com uma estimativa, a economia direta é também siginificativa, podendo ultrapassar os R$6,2 milhões/ ano. Nestes valores, estão considerados o desconto obtido no valor dos combustíveis, a extinção dos gastos com manutenção do sistema (que era de R$135 mil/mês), e a redução de mão de obra para gerenciar diretamente mais de 2,6 mil contratos entre a Secretaria da Administração, outras secretarias e os postos de combustíveis.

                                      
Estado passa a ser cliente VIP

Com a mudança, para os fornecedores, é como se o Estado passasse de mau pagador à cliente VIP.  Isso porque com a alteração na forma de comprar combustível para a frota, os postos passaram a receber à vista e agora buscam ser parceiros do Estado.  O gerente de Projetos da SEA, Aarão Luiz Schmitz, que se debruça há mais de um ano com a equipe para buscar alternativas que facilitem a gestão da frota,  explica que os proprietários de postos de combustíveis eram reticentes em negociar com o Estado o preço do combustível que era aplicado na bomba.

“Eles se justificavam dizendo que a remuneração era burocrática e morosa. Às vezes levavam até 60 dias para receberem. Por isso, cobravam pelos valores de venda à prazo, que chega a ser até 10% mais caro que o valor à vista. Hoje, com uma única empresa licitada, pagamos o litro pelo valor cobrado na bomba e com desconto, pois compramos em grandes volumes. Quem negocia com o posto é a empresa e nós continuamos pagando somente no final do período aquisitivo. Ficou bom para todos os lados”, disse.

Schmitz explica outro benefício conquistado com a nova gestão: a possibilidade de abastecer em postos fora do Estado. “As equipes do Corpo de Bombeiros Militar, que se deslocaram até Brumadinho para ajudar as vítimas da barragem, tiveram que abastecer em São Paulo e em Minas Gerais. No antigo modelo isso seria impossível. Agora, como nosso contrato é direto com apenas uma empresa é esta que faz o credenciamento do posto, que pode ser até em outro país.” 

Por aplicativo o motorista escolhe o melhor posto para abastecer

Por meio de um aplicativo o motorista, pelo telefone celular, analisa o melhor custo benefício da abastecida. De qualquer parte do Estado, ele pode saber quais são os postos credenciados mais próximos, a distância até o local e o preço aplicado em cada estabelecimento, podendo avaliar se abastece mais perto pagando determinado valor ou se seria mais vantajoso se deslocar mais, para pagar menos. Schmitz destaca que a economia também se reflete na sociedade. ”São quilômetros a menos, menos emissão de poluentes e mais economia para os cofres públicos”, enfatiza.

Para o secretário da Administração, Jorge Eduardo Tasca,  a administração pública precisa acompanhar a evolução tecnológica e social. “O modelo de compra de combustíveis diretamente com os postos, que era extremamente oneroso, começou há 20 anos e precisava ser transformado para melhorar a gestão do Estado.” Como forma de avaliar a eficiência do novo contrato, Tasca solicitou que a equipe realizasse uma pesquisa interna por amostragem, para conhecer a satisfação dos fornecedores. “Obtivemos um retorno extremamente positivo, tanto dos servidores que usam a nova ferramenta para abastecer os veículos, como dos proprietários dos postos que estão recebendo em dia,” disse.

 

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