Coluna do dia

Eu sou…

Começaram na televisão, sexta-feira, às 13h, as aparições dos candidatos ao Senado, a deputado estadual e a govenador de Santa Catarina. No rádio, eles passaram suas mensagens logo cedo, a partir das 7h. Durante toda a programação, as inserções de 30 segundos também rechearam a grade das emissoras abertas.

Pois muito bem. As batalhas prometem ser boas. Como não podia ser diferente, os principais postulantes ao governo aproveitaram a estreia para se apresentar e, claro, evidenciar a linha editorial, vamos dizer assim, de suas posições.

Décio Lima, ao contrário da correligionária Ideli Salvatti e dos concorrentes à Assembleia, não usou a imagem de Lula da Silva. Foi na linha de valorizar o apreço dos catarinenses pelo trabalho, se apresentando como a renovação. Evitou o uso do vermelho, cor do PT, também contrariando a linha dos demais petistas. O 13, número de Décio ao governo, por exemplo, foi exibido na cor amarela.

 

Quem?

Gelson Merisio foi o mais direto na apresentação. Logo de cara, o locutor perguntou: mas quem é esse Gelson Merisio? O candidato valorizou a origem humilde, “do interior do interior”, e a trajetória de mecânico de fusca até a presidência da Assembleia, passando pela gestão marcante no Sebrae. Também deu espaço para ações que mexeram com a estrutura da Alesc, enxugando a máquina, e que resultaram na devolução de mais de R$ 300 milhões ao Executivo.

 

Família

Para fechar os três postulantes com mais tempo de TV, a produção de Mauro Mariani ajustou para um tom mais emotivo, valorizando a família do candidato e a diversidade de raças e cores de SC. Os cinco filhos de Mariani nasceram no Estado, informou a produção. Mauro é natural do Paraná. Enfatizou que conhece os 295 municípios e também bateu na tecla do trabalho e empreendedorismo, assim como Décio. Agora é aguardar os próximos capítulos, pois a linha deve mudar e tornar-se mais agressiva à medida em que o calendário se aproximar de 4 de outubro, último dia para a propaganda no rádio e na TV.

 

Saretta de vice

No dia 11 de setembro, o deputado Neodi Saretta (PT) será eleito primeiro-vice presidente da Assembelia Legislativa. Valdir Cobalcbini (MDB), líder do governo, foi conversar com o presidente Silvio Dreveck (PP), que ascendeu novamente ao cargo depois da morte de Aldo Schneider, também do MDB, no dia 19.

O emedebista reivindicou que o MDB deveria completar a presidência até janeiro do ano que vem, sucedendo Aldo. Dreveck foi claro com o colega. Relembrou a ele que o acordo para o atual comando da Alesc foi com o falecido Aldo Schneider, pessoa física, e não com o MDB. E que Aldo acabou procurado por Gelson Merisio porque os tucanos Marcos Vieira e Leonel Pavan não se entenderam.

 

Tucanos se bicam

A ideia original era dividir o mandato entre PP e PSDB, com um ano para cada partido. Pavan assumiu o compromisso de apoiar Marcos Vieira para a presidência do tucanato estadual, deixando de respaldar a recondução de Paulo Bauer ao comando partidário em 2015.

Como contrapartida, Vieira daria suporte para Pavan chegar ao comando do Legislativo estadual, o que acabou não ocorrendo. Quando os tucanos foram procurados por Merisio, Vieira também quis ser presidente e não se entendeu com o correligionário.

 

Ingenuidade

Na conversa com Silvio Dreveck, Cobalchini teve um lance de ingenuidade. Ele tentou sensibilizar o progressista, lembrando que ele, Silvio Dreveck, havia sido um dos nomes mapeados para a candidatura ao Senado em 2014 na chapa liderada por Raimundo Colombo. Verdade.

 

Tripé

Depois do veto de Luiz Henrique a Joares Ponticelli, os nomes do PP apontados por LHS para a composição foram os de Silvio Dreveck, Hugo Biehl e Reno Caramori. O detalhe é que naquela eleição Ponticelli não abriu mão e Dário Berger acabou candidato ao Senado, vencendo o páreo. Se achou que sensibilizaria Dreveck com a lembrança, Valdir Cobalchini perdeu a viagem.

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