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Evento reúne donos de postos de combustíveis do estado para discutir decisão do governo de cobrar mais ICMS dos postos

Presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes estará presente no evento dia 17

A decisão do Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Fazenda de cobrar a diferença do ICMS entre o preço de pauta (PMPF – Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final – valor para a base de cálculo do ICMS do estado) e o preço de bomba, anunciada no começo deste ano será discutida em um encontro marcado para o dia 17 deste mês, em Florianópolis.

A iniciativa é das entidades patronais do Estado, (Sindipetro, Sindópolis, Sincombustíveis e SINPEB) atendendo a um pedido de diversos revendedores que esperam um posicionamento das entidades representativas. O evento vai trazer para Santa Catarina o Presidente da Fecombustíveis – Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes, Doutor Paulo Miranda Soares e autoridades em Direito Tributário e Econômico, os advogados Arthur Vilamil Martins e Felipe Millard Gerken.

O posicionamento do Governo do Estado surpreendeu o setor, já que SC quer tributar e recolher aos cofres públicos um valor (chamado de ICMS-ST complementação) sobre a margem de lucro dos revendedores, um valor que não está provisionado nas planilhas de custos dos postos . Esta cobrança, de acordo com o governo, será retroativa a janeiro de 2019.

Um levantamento feito com dados da ANP mostra que a cobrança do ICMS complementação nestes primeiros meses de 2022 está estimada em mais de R$ 100 milhões. Uma conta que não é de revendedor, já que os impostos já foram pagos e estão embutidos no valor do combustível. Ao contrário do que muitos pensam o revendedor é um mero repassador de impostos e esta decisão do governo estadual pode impactar no bolso do consumidor final.

Para encontrar alternativas e impedir a cobrança de mais esse imposto, as entidades representativas do setor esperam reunir na capital mais de 1000 postos de combustíveis. Durante o encontro, será realizada uma assembleia geral extraordinária para deliberar sobre o tema. O receio das entidades é o prejuízo que a decisão do governo pode gerar ao setor, já que a maioria dos proprietários de postos não têm condições financeiras de arcar com os pagamentos (já que a margem de lucro é usada para pagar despesas como folha de pagamento, manutenção das instalações, aluguel, etc). Outro receio é o fechamento de postos de combustíveis refletindo na geração de emprego e renda.

Evento: O estado quer cobrar uma conta que não é sua
Data: 17/03/2022
Horário: 13h30
Local: Auditório do Majestic Palace Hotel – Centro Florianópolis

Lideranças do setor de combustíveis serão recebidos pela Comissão de Finanças da Alesc

A reunião com os presidentes e assessores jurídicos dos sindicatos patronais do Comércio Varejista de Combustíveis do Estado com a presidência da Alesc e a Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa está marcada para esta quarta-feira (16), às 11h. O objetivo do encontro é explicar aos parlamentares as dificuldades que o setor enfrenta hoje nas tratativas de demandas junto ao executivo do Governo de Santa Catarina.

Uma das pautas do encontro desta quarta é a intenção da cobrança do ICMS complementação por parte do Governo do Estado, calculado sobre a diferença do preço de pauta, com o preço de bomba desde de janeiro de 2019. Além da cobrança do ICMS complementação, as lideranças do setor vão apresentar outros pleitos aos deputados, na tentativa de sensibilizar o legislativo para um problema que impacta não só a cadeia de postos, podendo afetar também os consumidores.

ALGUNS DADOS COMPLEMENTARES:

· SC possui 1.938 postos de combustíveis em operação (dados da ANP/Agência Nacional do Petróleo);

· Estima-se que a revenda de combustíveis catarinense empregue mais de 25 mil pessoas (dados do setor);
· Em 2020 os postos de SC revenderam mais de 220 milhões de litros de gasolina/mês. Em 2022, este número está estimado em 235 milhões de litros mês (dados da ANP)
· SC revende mais de 215 milhões de litros de óleo diesel/mês e 60% deste volume é fornecido pelos postos de combustíveis (dados da ANP).
· O varejo de combustíveis catarinense arrecada em favor do Estado, aproximadamente, R$400 milhões de ICMS por mês;
· Setor é responsável por mais de 20% da arrecadação de ICMS do Estado.

· Em 2021 essa arrecadação foi recorde. SC arrecadou quase R$5 bilhões de ICMS dos combustíveis.

foto>GMF, arquivo, divulgação

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