O texto abaixo é assinado pelo ex-governador Leonel Pavan. Agora filiado ao PSD, ele disputa a eleição em Camboriú, vizinha e conurbada com Balneário Camboriú, onde sua filha, a vereadora Juliana Pavan, também pessedista, encabeça a chapa favorita a vencer o pleito.
Experiente, Pavan faz uma denúncia, um desabafo e um pedido numa manifestação contundente. Vale a leitura:
“Nota a imprensa
Lamento profundamente a armação política liderada pela turma do continuísmo na noite do último sábado (17), quando uma integrante da equipe de campanha do candidato a prefeito Peeter Lee Grando esteve no Bairro da Barra tentando criar tumulto para gerar conteúdo para as redes sociais.
Nosso grupo político participava de reunião do candidato a vereador Júnior Camarão (PSD), em ambiente familiar, com eleitores de BC e de Camboriú, quando pessoas ligadas a campanha do PL, devidamente trajadas com a camiseta do 22, chegaram a região para tumultuar o ambiente.
O circo estava armado. Mulheres do 22 filmavam a ação, para depois tentar viralizar com inverdades. Porém, quem trabalha com a verdade não se intimida. A jovem que causou toda a confusão, certamente orientada a não ter um PINGO de ética e equilíbrio, já foi funcionária da Prefeitura, colaboradora da campanha da continuidade e recentemente foi indicada por Fabrício de Oliveira para a Executiva de partido político em Balneário Camboriú, junto de outros assessores do prefeito. As pessoas acham que vão armar, forjar, mentir e que em tempos de transparência total, a verdade não virá à tona rapidamente, separando o joio do trigo.
Quanto aos gritos proferidos pela funcionária do governo municipal, lembro que eu exercia o mandato de prefeito em 2000, quando foram fechadas as pedreiras na Barra por orientação do Ministério Público para conter a degradação ambiental naquela área. A colaboradora da campanha de Peeter Lee Grando demonstra que até suas falas no vídeo são inverídicas e forjadas na estratégia deste governo em difamar seus opositores, pois nenhum prefeito tem poder de determinar a prisão de quem quer que seja.
Nossa família conhece bem as estratégias nada éticas do grupo do atual prefeito Fabrício de Oliveira desde as eleições de 2016, quando sua turma de aloprados atentou, em outra armação covarde, contra a honra de meu filho Leonel Júnior Pavan.
Depois da baixaria liderada pelo candidato imposto pelo atual prefeito no debate da última sexta-feira, quando desrespeitou a candidata a prefeita Juliana Pavan e ofendeu a toda nossa família, no dia seguinte, registrou-se mais uma ação coordenada, liderada pelos integrantes do time da soberba, que se acham donos da Cidade e que não costumam trabalhar com a verdade.
Infelizmente muitos integrantes do atual governo iniciaram na vida pública a meu convite e com meu apoio, a começar pelo próprio prefeito. Lamento, decepcionado, que não reajam e sigam compactuando com este tipo de atitude torpe e desprovida de respeito – as pessoas e ao interesse público.
É preciso que o senhor Fabrício de Oliveira entenda que eu não estou como candidato a prefeito de BC nestas eleições, muito menos ele. A disputa não terá nossa participação, por isso, ele como prefeito em fim de mandato, e eu na qualidade de ex-prefeito, ambos, devemos ter a exata dimensão da democracia. Participar sim, torcer é claro, interferir não, mentir jamais.
Estou indignado e espero que este não seja novamente o nível da campanha da turma do governo, pois seria mais um desserviço deles a Balneário Camboriú e a sua gente.
Vou reiterar o pedido feito pela candidata a prefeita Juliana Pavan nos dois primeiros debates: respeitem as famílias, debatam ideias, apresentem as soluções para os problemas que não tiveram competência para resolver em 8 anos. Sejam homens de verdade.
Leonel Pavan”
Assessoria da campanha do PL se manifesta e afirma que nada tem a ver com o ocorrido denunciado por Leonel Pavan:
“Sobre a suposta denúncia do ex-governador, segue posição da campanha:
Informamos que nossa campanha não tem nada a ver com o episódio ocorrido neste sábado à noite, no Bairro da Barra, envolvendo uma moradora e o candidato a prefeito em Camboriú, Leonel Pavan.
A mulher vista no vídeo, teve uma reação espontânea, manifestando um trauma de infância, quando presenciou a prisão de seu pai, na década de 90, por trabalhar como “broqueiro”, na região sul em Balneário Camboriú. Prisão, que como pode ser percebido por vídeos e áudios que circulam nas redes sociais, ela atribui responsabilidade ao ex-prefeito de Balneário Camboriú.
Negamos veementemente qualquer responsabilidade sobre a divulgação desse material expondo, de forma criminosa, as pessoas envolvidas no episódio.
Portanto, o fato em tela, nada tem a ver com a nossa campanha. Tratando-se de um evento particular e de manifestação de uma cidadã, em seu direito de expor a sua dor.”
foto>Peeter Grando, a referida funcionária e Fabrício de Oliveira / Divulgação