A deputada estadual Ada de Luca(foto), esquerdista convicta e terceira vice-presidente do MDB Catarinense, pilotou reunião da Executiva estadual da sigla nesta manhã em Florianópolis.
Com a presença de oito membros, o encontro ganhou ares de legalidade, pois metade mais um dos 15 componentes do colegiado marcaram presença.
Este octógono deliberou por convocar o diretório estadual do Manda Brasa em até oito dias corridos contados a partir de hoje. Até lá, o partido, de acordo com a decisão de hoje, não poderá fazer nenhum ato ou mobilização oficial (algo surreal se considerarmos o conceito democrático tão propalado e tantas vezes usados para defender interesses pontuais, corporativos e ditatoriais). Mais emblemática ainda é esta proibição se considerarmos o nome do partido: Movimento DEMOCRÁTICO Brasileiro.
Segue a novela no MDB, um partido a esta altura irremediavelmente rachado e que chegará dividido ao pleito. As apostas em Moisés estão altas, embora as pesquisas e o sentimento das ruas não deem qualquer sinal de reeleição garantida ou de morro abaixo (como gostava de comparar Luiz Henrique da Silveira).
O grupo que se reuniu hoje, sem as presenças do presidente Celso Maldaner, do pré-candidato Antídio Lunelli, e de outros dirigentes importantes, como os ex-deputados Edinho Bez e Ronaldo Benedet, quer deliberar a favor de uma composição com o governador do Estado, provavelmente negociando as outras duas vagas da chapa majoritária (Senado e vice).
Interessante observar, ainda, que embora Moisés da Silva tenha sido eleito na onda conservadora de 2018, ele se afasta cada vez da direita bolsonarista. Os emedebistas mais fervorosos no sentido de respaldar o projeto do chefe do Executivo têm viés canhoto. Outro exemplo clássico, além da própria Ada de Luca, que pilotou a reunião de hoje à revelia do presidente, é o ex-governador Paulo Afonso Vieira.
Ele não suporta nem ouvir falar o nome de Antídio Lunelli por considerar o ex-prefeito de Jaraguá do Sul um bolsonarista!
Além de Ada e Paulo Afonso, estiveram presentes no ato de hoje os deputados Volnei Weber, Jerry Comper, Valdir Cobalchini e Fernando Krelling, além do próprio presidente da Alesc, Moacir Sopelsa, mais a ex-deputada Dirce Heirderscheidt.
foto>Ag. Alesc, arquivo, divulgação