Muito provavelmente o deputado federal João Rodrigues, que estava cumprindo pena na Penitenciária na Papuda em Brasília, deve voltar à atividade parlamentar na semana que vem. Ele conseguiu uma liminar do ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, lhe autorizando a retomar as atribuições para as quais foi eleito dentro dos parâmetros de sua pena, que é de regime semiaberto (dorme no cárcere e fica livre de dia, com algumas restrições.)
A volta do deputado é cercada de expectativas. Ele havia anunciado a desfiliação do PSD, que hoje só tem um parlamentar federal, Cesar Souza. Sua mulher, Fabiana, migrou do PSD para o DEM, assim como o deputado João Paulo Klenübing. No xadrez de forças entre as legendas, a decisão de Barroso evitou que a seção Barriga Verde do MDB aumentasse sua bancada de deputados federais de cinco para seis.
O despacho do ministro veio no vácuo do anúncio de que Edinho Bez (MDB), primeiro suplente da coligação), assumiria no lugar de Rodrigues por decisão da Mesa Diretora da Câmara Federal.
Resta saber agora como João Rodrigues vai se comportar politicamente às vésperas das eleições. Com o microfone nas mãos e a estrutura de gabinete à disposição, o parlamentar volta a ter alguma influência no jogo sucessório.