As exportações catarinenses fecharam o ano de 2016 em US$ 7,59 bilhões, o que representou queda de 0,7% em relação aos US$ 7,64 bilhões de 2015. A diminuição dos embarques em nível nacional foi maior (3,1%), divulgou nesta quinta-feira (5) a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). O resultado catarinense não foi melhor porque o valor em dólar dos produtos teve redução, já que o volume exportado pelo Estado subiu 4,7%.
O resultado reflete o esforço do setor exportador catarinense e pode ser considerado bom, tendo em vista o cenário econômico e a instabilidade cambial, avalia o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. “Com a contração do mercado interno, cuja recuperação será lenta, a exportação é uma alternativa que as empresas perseguem”, diz, lembrando, contudo, que os resultados no mercado internacional nunca aparecem no curto prazo. Côrte destaca também que, para reaver a competitividade que perde da porta das fábricas para fora, o setor produtivo depende da aprovação das reformas propostas pelo governo federal, como a trabalhista e da previdência, além do ajuste fiscal.
Os Estados Unidos, principal destino internacional dos produtos catarinenses, elevaram em 20,2% as compras do Estado, com destaque para o embarque de automóveis produzidos pela BMW em Araquari, a partir de acordo fechado em abril. China, o segundo País que mais importa de Santa Catarina, registrou alta de 13,5% e a Rússia de 17,3%.
Com relação aos produtos exportados, além dos automóveis, destacam-se também as exportações de carne suína (com elevação de 26%), destinadas principalmente à China e ao Chile, e de preparações e conservas de carne (+15,1%), tendo Argentina e ao Japão como principais destinos. Por outro lado, declinaram as exportações de produtos como tabaco não manufaturado (19,6%), de partes para motores (12,9%) e de motores e geradores elétricos (24,5%).
Como as importações caíram bastante mais do que as importações (17,8%), o saldo balança comercial catarinense melhorou. Embora ainda tenha fechado negativo em US$ 2,8 bilhões, é significativamente menos desfavorável do que os quase US$ 5 bilhões de 2015, sendo o melhor desempenho da balança desde 2009.