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FAESC pede respeito ao agronegócio

         “O agronegócio brasileiro conquistou reconhecimento internacional em razão da qualidade de seus produtos e da sustentabilidade das suas cadeias produtivas”. A manifestação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo, ao analisar “o equivocado” posicionamento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) que, em recente evento na China, associou problemas ambientais com a produção agropecuária brasileira.

         Depois de comentar que a manifestação da APEX causou estranheza e revolta junto aos produtores, empresários rurais e agroindústrias, Pedrozo pediu respeito ao agro e recomendou que “a nova Administração Federal passe a atuar em parceria com o setor produtivo para ampliar os acordos comerciais no exterior para os produtos do agronegócio brasileiro”.

         O dirigente, que também é vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacou que o Brasil tem necessidades de novos acordos comerciais e que a declaração da Apex-Brasil “é algo absurdo e inaceitável, ainda mais em uma programação da missão do governo brasileiro, no caso, em Pequim, na China”.

         A CNA, que é membro do Conselho Deliberativo da Apex Brasil, deve levar ao assunto para a pauta da próxima reunião, pois a missão do órgão é promover as exportações e a atração de investimentos para setores estratégicos da economia brasileira, como o agro, atuando na melhoria da imagem do País e de seus produtos.

         O agronegócio contribuiu no último ano com 47% das exportações brasileiras, razão pela qual o presidente da FAESC pedirá ao Ministério da Agricultura uma declaração a respeito, de forma a enquadrar a Apex-Brasil no cumprimento dos objetivos para os quais foi criada.

         José Zeferino Pedrozo lamentou o nível de desinformação do presidente da Apex-Brasil, o qual “desconhece o alto nível de tecnologia empregado na agricultura e na pecuária cujos efeitos se fazem sentir no aumento da produtividade e nas práticas sustentáveis.”

“A agricultura e a agroindústria brasileira respeitam o meio ambiente como pressuposto para sua perenização”, assinalou o dirigente. Metade da área preservada de vegetação nativa no Brasil está dentro de imóveis rurais, sendo protegida por agricultores. Ao mesmo tempo, apenas 7,8% de nosso território são ocupados por lavouras, percentual muito abaixo do apresentado por países como Estados Unidos, Alemanha, França e Índia.

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