Coluna do dia

Faltam nomes de peso

Com o anúncio de Diego Goulart, ex-assessor de Lucas Esmeraldino na Câmara de Tubarão, para a Secretaria de Articulação Nacional, o governo Carlos Moisés vai tomando sua forma final. Ainda faltam as definições para a Agricultura e a Educação. Nas demais posições, o primeiro escalão está praticamente fechado.

Moisés cumpriu promessa de campanha e fez bem em escolher nomes técnicos e de sua confiança. Tudo certo.

Mas olhando assim à distância, fica claro que faltaram um ou dois nomes de mais peso político e empresarial.

Tipo um grande e reconhecido empresário ou alguém de conduta ilibada e que tenha trânsito nas mais variadas esferas. Esse nome hoje não existe. Fica a dúvida sobre quem irá fazer e como serão as conversas entre o governo que toma posse no dia 1º de janeiro e os presidentes dos demais poderes.

A interlocução entre o Executivo e  a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o  Ministério Público e por aí vai é fundamental com vistas ao bom andamento da administração. Geralmente, não são conversas fáceis, simples. São interações que exigem experiência, traquejo e sobretudo conhecimento e respeito de parte a parte. Eis uma lacuna que parece que não será preenchida por Moisés e que pode fazer muita falta ali adiante. A conferir!

 

Blindagem

Se ainda não percebeu, Carlos Moisés perceberá rapidamente, tão logo assuma o governo, que não existirá a possibilidade dele centralizar tudo. Sem contar que o governador precisará de blindagem, alguém que assuma a frente e tenha envergadura para o diálogo e, quando for necessário, para o enfrentamento com outros poderes e entidades. O governador não poderá estar na linha de frente de todas as questões. Humanamente é impossível e politicamente não é saudável e muito menos recomendável.

 

Exemplos

Em São Paulo e Brasília, por exemplo, os governadores eleitos João Doria e Ibaneis Rocha estão destacando alguns nomes de peso para os seus colegiados. Nomes nacionais, com envergadura e trânsito. Ex e atuais ministros e assim por diante.

 

Rombo

Carlos Moisés já foi alertado sobre outro ponto muito preocupante acerca da nova administração. O rombo nas finanças estaduais pode chegar a R$ 3 bilhões em 2019. Para evitar inclusive atrasos na folha de pagamento, medidas duras terão eu ser tomadas. E quem vai liderar esse processo, tomando a frente para evitar que todo o desgaste recaia sobre o governador?

 

Pedra no sapato

O caso do assessor do deputado estadual e senador eleito pelo RJ, Flávio Bolsonaro, e que movimentou R$ 1,2 milhão em um ano, continua rendendo. E segue sem explicações. Bolsonaro pai já assume com essa pedra no sapato. Sobretudo porque se elegeu com a marca do combate à corrupção e às velhas práticas nefastas da política.

 

Bloco

Deputado eleito Onir Mocellin está tentando mostrar trabalho. Costurou um acordo para formação de um bloco parlamentar entre o PSL e o PR. Serão nove deputados, uma força considerável. Até aí, tudo bem. Mas há expectativas entre pesselistas sobre como esse bloco vai caminhar e sobretudo como será a condução. Principalmente considerando-se que o presidente estadual do PR é o senador eleito Jorginho Mello.

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