Está em pleno curso, a todo vapor, uma grande renovação política em Florianópolis. As tradicionais famílias Amin, Bornhausen e Berger foram varridas nas urnas em 2 de outubro.
Senão, vejamos. Na disputa proporcional do PP, os únicos derrotados foram Angela e João Amin. Os deputados estaduais Altair Silva e Zé Milton conquistaram novo mandato. Na vaga de João Amin, o PP emplacou Pepê Collaço, ligado ao prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli.
À Câmara Federal, o Progressistas ficou sem representação após a derrota da ex-prefeita da Capital. Na majoritária, o senador Esperidião Amin, duas vezes governador do Estado, não alcançou 10% dos votos válidos.
Tem mais quatro anos de mandato na Câmara Alta. Paulo Bornhausen não conseguiu eleger-se deputado federal, selando, pelo menos pelos próximos anos, a ausência da tradicionalíssima família do mundo dos mandatos eletivos.
Em relação ao clã Berger, Dario não conseguiu renovar o mandato de senador e Djalma Berger, que já havia sido deputado estadual e federal, fez pífia votação em sua candidatura a federal.
O quadro é claro. Novas perspectivas estão abertas. O nome do prefeito Topázio Neto surge com naturalidade para buscar a reeleição e se firmar neste novo contexto como liderança política.
Na oposição a ele, o quadro ainda não é muito claro. Jorginho Mello, virtual governador do Estado, pode apostar, por exemplo, no deputado estadual em fim de mandato, Bruno Souza. Ele fez grande votação para federal, mas ficou fora pela legenda. O deputado federal Gilson Marques ficou com a vaga.
Souza, contudo, poderia assinar ficha no PL e construir a candidatura a prefeito em 2024.
O ex-vereador Pedrão Silvestre, que trocou o PP pelo PL em 2020, disputando, sem sucesso, o paço florianopolitano, poderia ser uma opção. Equivocou-se, no entanto, ao retornar ao PP logo depois da derrota sofrida há dois anos.
foto>Leonardo Souza, PMF, arquivo, divulgação