Acredite se quiser, mas o caso da chamada “Farra das Passagens”, que tem o envolvimento de pelo menos 16 políticos de Santa Catarina, se arrasta na burocracia judicial desde 2008. Há quase dez anos, portanto. Esta semana, o Ministério Público Federal ratificou a denúncia criminal que atinge quatro destes dezesseis, que já são alvo de uma ação penal. O quarteto de acusados, que eram deputados em 2008: Carlito Merss (PT), Angela Amin (PP), Djalma Berger (PSDB à época) e Gervásio Silva (PSDB).
De acordo com a denúncia do MPF, os quatro teriam cometido crime de peculato (usar dinheiro público em benefício próprio), utilizando-se de quase 600 passagens aéreas, que geraram despesas de mais de R$ 400 mil. Impressionante (exceção feita à força tarefa da Lava-Jato e um ou outro caso raro e pontual) a morosidade do Judiciário tupiniquim quando o caso envolve poderosos.