Coluna do dia

Fazendo contas

Fazendo contas

Com Lula da Silva operando “informalmente” na condições de primeiro-ministro do feirão livre em que se transformou Brasília, a partir da distribuição de cargos e emendas a granel, todo mundo está fazendo contas. Na segunda-feira à noite, o grupo de oposição que acompanha diuturnamente os movimentos em torno do processo de impeachment acreditava ter 321 votos pela degola da petista. Se a conta, que é absolutamente instável e volúvel, estiver correta, faltariam 21 deputados para o impedimento ser aceito. Na outra ponta, os governistas estariam contando, a esta altura da guerrilha, com um contingente de 122 votos, podendo cooptar mais 39. O que daria 161 sufrágios, 10 a menos do que o necessário para salvar o pescoço da criatura de Lula da Silva.

O ex-presidente articula freneticamente para manter Dilma Rousseff no poder, o que pode alterar a balança para os lados do Planalto. O cenário é de tamanha instabilidade, que mesmo cargos e benesses podem não ser suficientes para manter Dilma onde está. Principalmente porque a votação será aberta. E a pressão, muito grande.

Se não houver um acidente de percurso, em duas semanas a questão estará resolvida. Resta saber se é tempo suficiente para Lula da Silva salvar o titanic.

 

Placar localizado

Já no PMDB, as contas governistas apontam que talvez o Planalto só possa contar com 10 dos 68 votos do Manda Brasa na Câmara.

 

Novas eleições

Com Marina Silva à frente, a Rede lançou campanha pela renúncia de Dilma e Temer e a convocação de novas eleições presidenciais para outubro. É um movimento que tende a crescer, ainda mais depois que o STF mandou a Câmara desarquivar processo de impeachment contra Michel Temer. Dilma está sem condições de governar e seu vice começa a enveredar pelo mesmo caminho.

 

Pau que dá em Chico

A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, mandando Eduardo Cunha aceitar o pedido de impeachment contra o correligionário Michel Temer dá o tom do clima belicoso em Brasília. É mais um movimento que vai acabar engrossando o coro por eleições gerais em outubro.

 

Racha

Depois de Itajaí, agora é o PMDB de Blumenau que vive um racha com debandada. Figuras históricas do partido, como o ex-secretário regional César Botelho. Também bateu em retirada o vereador Beto Tribess e o secretário de Desenvolvimento Social, Valdecir Mengarda. Procuraram abrigo no ninho tucano.

 

 

Alvo

Ao defender Dilma Rousseff na Comissão de Impeachment, José Eduardo Cardozo mais atacou Eduardo Cunha do que propriamente defendeu a petista. A tática é clara: enfraquecer Cunha para diminuir o ímpeto da degola.

 

 

Mal-estar

Deputados João Paulo Kleinübing e Cesar Souza, ambos federais e do PSD, reassumiram seus cargos parlamentares esta semana. Juntam-se a João Rodrigues. O trio pessedista de SC vai votar pelo impeachment de Dilma Rousseff. A mudança desalojou Edinho Bez (PMDB) e Angela Albino (PCdoB). Esta votaria com o governo. A manobra, aliada ao protagonismo catarinense no questionamento das dívidas estaduais, certamente deixa Raimundo Colombo, que já foi aliado de primeira hora, na mira do Planalto.

 

 

Multas

Empresas da área de telecomunicações em Santa Catarina estão atuando sem as devidas licenças ambientais. Ou estão com as mesmas vencidas. Pelo menos  é o que constatou a Fatma. O órgão ambiental do Estado avisa que, nos próximos dias, operadoras de telefonia celular, instaladoras de antenas, emissoras de rádio, TV e internet de SC receberão notificações que totalizam R$ 370 milhões.  “Estamos cumprindo o que determina a legislação, independente do porte da empresa”, afirma o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick Rates.

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