A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) busca um acordo com o governo de São Paulo para que prefeituras de Santa Catarina possam comprar doses da vacina Coronavac. O imunizante contra o coronavírus está em fase 3 de desenvolvimento.
Segundo a Fecam, o presidente da federação, Paulo Roberto Weiss, deve ir a São Paulo nos próximos dias para assinar um protocolo de intenções com o Instituto Butantan, responsável pelo desenvolvimento da vacina no Brasil em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A entidade vem tendo tratativas com o governo paulista nas últimas duas semanas a respeito do assunto.
— O nosso objetivo é que os municípios saiam na frente, já que estamos vendo que o Estado ainda não tomou nenhuma iniciativa nesse sentido. Queremos buscar uma solução em conjunto, pois não podemos perder tempo — afirmou o presidente da Fecam, Paulo Roberto Weiss, em entrevista neste domingo (22).
Paulo Roberto, que é prefeito da cidade de Rodeio, também disse que as tratativas com o governo de São Paulo estão sendo lideradas pelo conselho executivo e pela equipe técnica da entidade. Segundo ele, o Governo de Santa Catarina ainda não participa da negociação, mas deve ser procurado nos próximos dias pela federação para contribuir na busca pelo acordo.
A Coronavac está em fase 3 de desenvolvimento no país – a última etapa de estudo antes da obtenção do registro sanitário e a disponibilização para a população.
Nesta terça-feira (17), um artigo publicado na revista científica Lancet Infectious Diseases mostrou que o imunizante é seguro e que tem a capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.
A vacina da farmacêutica Sinovac é feita a partir de vírus inativados. A ideia é modificar o coronavírus Sars-CoV-2 tornando-o não infectante. Ela está em fase 3 de teste em humanos em diversos países, incluindo o Brasil, onde é desenvolvido em parceria com o Instituto Butantan, do governo de São Paulo.