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FECAM reforça pedido para habilitação de novos leitos de UTI

Falta de medicamentos é outra preocupação da Federação
Nesta semana, Santa Catarina registrou o número mais alto de pacientes com coronavírus internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para discutir ações pontuais de auxílio aos municípios a Federação Catarinense de Municípios (FECAM), realizou reunião com representantes do Ministério da Saúde, Federação dos Hospitais, Associação dos Hospitais, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e a deputada federal e relatora da Comissão Externa Covid-19, Carmen Zanotto.

Hoje a taxa de ocupação no Estado é de 67,43%. Ao todo são 522 leitos de UTIs do SUS, sendo que 352 destes estão ocupados. Para o presidente da FECAM, prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, os números preocupam e exigem rapidez dos governos federal e estadual para a habilitação de novos leitos. Os municípios aguardam a liberação de 56 novos leitos pelo Ministério da Saúde.

O presidente destaca que ao lidar com um vírus desconhecido é delicado e nem sempre as ações realizadas ocorreram com agilidade. “Tínhamos noção que teríamos uma grande demanda de UTIs, mas esbarramos na burocracia do governo federal para poder credenciar esses leitos e agora estamos pagando um alto preço por isso”, destacou o presidente.
Para Severgnini, alguns processos em relação ao preenchimento de documentação pelas autoridades sanitárias, por exemplo, poderiam ter sido agilizados para evitar o colapso na saúde do estado.

Além dos leitos de UTI, outra preocupação da Federação é com a falta de medicamentos para sedação de pacientes e de bombas de infusão e monitores para os respiradores. “Esses materiais são essenciais para os atendimentos. Vamos continuar cobrando para que tudo seja reposto o mais breve possível”, destacou o presidente.

Medidas em conjunto – Com o alto índice de ocupação dos leitos, a Federação tem acompanhado e orientado os gestores a realizarem ações em conjunto e regionalizadas para evitar um colapso em todas as regiões. “Já temos exemplos de municípios que têm pacientes sendo transferidos para outras cidades. Essa precisa ser a linha de atuação. Mais uma vez, os prefeitos precisam se ajudar e trabalhar em parceria para evitar um caos maior e não ficarem isolados, pois isso complicará ainda mais o desempenho de ações contra vírus”, pondera Servegnini.

Outra medida adotada pelos municípios é a locação de leitos de hospitais e clínicas particulares para poder atender a população. “Os prefeitos estão fazendo tudo o que está ao alcance deles para não deixar a população perecer. Não estamos esperando só pelo governo do estado ou governo federal”, afirma.

Ocupações por regiões – Das sete regiões de saúde em Santa Catarina, quatro apresentaram aumento na taxa de ocupação nesta semana. É o caso da Foz do Rio Itajaí, da Grande Florianópolis, do Planalto Norte e Sul.

Foz do Rio Itajaí
60 leitos
60 ocupados
Ocupação de 100%

Grande Florianópolis
89 leitos
74 ocupados
15 disponíveis
Ocupação de 83,15%

Planalto Norte e Nordeste
93 leitos
68 ocupados
25 disponíveis
Ocupação de 73,12%

Sul
51 leitos
36 ocupados
15 disponíveis
Ocupação de 70,59%

Vale do Itajaí
83 leitos
58 ocupados
25 disponíveis
Ocupação de 69,88%

Meio Oeste e Serra
77 leitos
25 ocupados
52 disponíveis
Ocupação de 32,47%

Grande Oeste
69 leitos
31 ocupados
38 disponíveis
Ocupação de 44,93%

Fonte – Dados atualizados e disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde até a tarde de quinta-feira, dia 9/7.

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