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Fechamento das contas coloca Moreira e Moisés em rota de colisão

O governo do Estado, o atual, está priorizando, neste apagar das luzes, o pagamento dos salários do funcionalismo de novembro, dezembro e também a segunda parcela do 13º. Isso implica no valor de R$ 3 bilhões. Eduardo Moreira e seu time não querem encerra o mandato-tampão com atraso nos proventos dos servidores. Muito bem. Como o cobertor é curto, avalia-se seriamente recorrer a um expediente tradicional e pernicioso no poder público: despir um santo para vestir outro.

Nesta engenharia financeira, a parcela de dezembro da dívida do Estado com a União pode não ser paga. São R$ 130 milhões. Significa que Carlos Moisés pode assumir já tendo que pagar os R$ 130 milhões de janeiro para Brasília e mais o atrasado que ficaria do governo anterior, num passivo de R$ 260 milhões!

Atrasar o pagamento da dívida federal traz uma série de implicações negativas, como perda do quinhão catarinense no Fundo de Participação dos Estados, restrições a financiamentos nacionais e internacionais e por aí vai.

Tal malabarismo financeiro  já estaria criando uma animosidade entre o atual e o futuro governo. Os dois grupos têm tido uma convivência harmoniosa até aqui, mas que poderia partir para uma situação litigiosa a partir do pretenso calote de fim de ano.

Ninguém da equipe de Moisés confirma a manobra e nem a deterioração do quadro de convivência, mas a informação  partiu do próprio Centro Administrativo.

Eduardo Moreira e Carlos Moisés – foto>Júlio Cavalheiro, Secom

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