A posse dos novos ministros de Michel Temer, na quinta-feira (12), indica um caminho distinto daquele traçado nos últimos anos no Brasil, sobretudo pela nomeação de Henrique Meirelles para o comando do Ministério da Fazenda. O afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado Federal traz uma dura realidade ao país, que deve ser enfrentada de maneira institucional, democrática e objetivando a retomada do crescimento econômico e social.
O principal desafio do novo governo é a retomada da confiança na economia, com uma política voltada ao crescimento do mercado interno, acesso ao crédito, juros condizentes aos praticados no cenário internacional, inflação em níveis aceitáveis e elevação da capacidade de investimento e produtividade.
“Precisamos estabelecer uma virada da agenda de crise para uma agenda positiva. Com a escolha de Henrique Meirelles para a Fazenda, a expectativa é que Temer anuncie uma nova pauta que permita recuperar os empregos perdidos, reverter o saldo negativo de 100 mil empresas que fecharam as portas no último ano no país e a compressão das margens de lucro em decorrência da queda do volume de vendas. É fundamental que não se eleve a carga tributária, o que penalizaria ainda mais o setor produtivo, e reduzir o gasto público, a inflação e os juros básicos”, pontua Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.
O setor de comércio e serviços catarinense funciona como um grande empregador e é um pilar vital para a manutenção do menor nível de desemprego no país. O segmento responde por 70,3% da arrecadação do ICMS atual e emprega 62,04% da força de trabalho do Estado. Em 2014, 1.410.801 trabalhadores, em um universo de 2.273.933, tinham vínculos ativos com empresas do comércio ou serviços.
Foto>Ag. Brasil, divulgação