O presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde de SC, Giovani Nascimento, acompanhado de representantes da entidade e gestores hospitalares, recebeu a visita do secretário de estado da Saúde, André Motta Ribeiro, na sede da entidade na capital, nesta segunda-feira, 24 de maio de 2021. Nascimento destacou a importância da rede privada e filantrópica que atua em parceria com o governo do estado, e tem papel fundamental no atendimento de mais de 70% da população. Hoje a FEHOESC, conta com associados de 182 hospitais, mais de 500 laboratórios de análises clínicas e cerca de 3 mil estabelecimentos de Saúde.
Durante o encontro, o presidente da FEHOESC colocou a entidade à disposição para participar do Grupo de Trabalho de revisão da Política Hospitalar Catarinense. O secretário de estado da Saúde, André Motta Ribeiro, garantiu que novos critérios serão adotados, “precisamos de mais unidades hospitalares dentro da Política, planejando serviços , transformando as unidades em autossuficientes naquilo que é possível, trazendo novas habilitações e vocacionando hospitais, ofertando serviços complementares, com a retaguarda através dos hospitais de menor porte, por isso precisamos da ajuda da FEHOESC nos debates”.
Outro tema abordado pelo secretário, foi a falta de insumos para a rede hospitalar, preocupação que voltou à tona após a retomada das cirurgias eletivas. O que preocupa, segundo André Motta Ribeiro, é a terceira onda da pandemia. Dos 61 hospitais no estado que atendem COVID-19, 11 são do governo, para estes há estoque de insumos até 2022. O que está sendo tratado agora é se o estado pode continuar a repassar para os demais hospitais que atendem COVID-19, parte destes insumos. O secretário convidou a FEHOESC, para participar de uma reunião amanhã com representantes do Ministério Público, Tribunal de Contas e COSEMS, para tratar sobre este tema, “precisamos discutir regras para este momento crítico”, destaca. O secretário prevê 3 meses de muitas dificuldades.
Motta Ribeiro também falou sobre o calendário atrasado da vacina em Santa Catarina, e os reflexos desta realidade, por isso a importância de ofertar mais leitos. “Iremos investir em novas estruturas com hospitais ainda mais qualificados, precisamos de agilidade, este governo escuta e constrói em parceria”, finalizou Motta.
Outro ponto apresentado pela FEHOESC, foi a solicitação de apoio da secretaria contrariamente à aprovação do Projeto de Lei que dispõe da limitação da jornada de trabalho e o piso salarial de enfermeiros, técnicos e auxiliares da enfermagem em tramitação no Congresso Nacional. Estudos demonstram que a aprovação desse projeto de lei ampliará em escala geométrica os custos da mão-de-obra para o estado e para os municípios catarinenses e trará para muitos hospitais e prestadores de serviços de saúde a inviabilização de suas atividades, trazendo com isso consequências no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde.
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