O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC), por meio da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ), lança, no dia 12 de julho, o sistema Busca Ativa – uma ferramenta que tem como objetivo ampliar o acesso a informações de crianças e adolescentes acolhidos, aptos, mas sem perspectiva de adoção, aumentando, assim, as chances destes de encontrarem uma família adotiva. O evento é aberto ao público em geral e será realizado, às 10h, no auditório Teori Zavascki, no TJ/SC.
O evento tem como público-alvo juízes das varas da Infância e Juventude, assistentes sociais e psicólogos do Poder Judiciário catarinense, assessores das câmaras cíveis do 2º grau (recursos da infância), membros de grupos de estudos e apoio à adoção, profissionais dos serviços de acolhimento, bem como pretendentes à adoção.
Segundo dados da Comissão Estadual Judiciária de Adoção – CEJA, atualmente há 1.530 crianças em abrigos do Estado aptas a serem adotadas. Dessas, 890 têm idade entre 8 a 18 anos, ou seja, não tem perspectiva de adoção, já que a maioria dos pretendentes ainda procura um bebê, branco e saudável. Para tentar mudar esse quadro, o tribunal catarinense desenvolveu uma ferramenta que pretende aproximar essas crianças e adolescentes das famílias que buscam pela adoção.
“O sistema foi concebido a partir da base de dados do CUIDA (Cadastro Único Informatizado de Adoção e Abrigo, do TJ/SC) e a ideia é apresentar essas crianças e adolescentes aos pretendentes. Por meio do cadastro, eles poderão acessar fotos e vídeos das crianças e, caso queiram conhecê-las, poderão contatar a assistente social para intermediar essa aproximação. Ou seja, é uma ferramenta voltada para essas adoções, que não gosto de chamar de tardias, mas necessárias. O objetivo é dar visibilidade a essas crianças e adolescentes para que tenham chances de serem adotadas”, explica o juiz Rodrigo Tavares Martins, que participou da elaboração do Busca Ativa e coordenará o lançamento da ferramenta.