A Federação das Indústrias (FIESC) lançou nesta segunda-feira (5) a edição 2022 da Carta da Indústria, que traz as propostas do setor para o Legislativo e o Executivo, tanto em âmbito estadual, quanto federal. O documento pode ser acessado em fiesc.com.br/carta e foi apresentado aos assessores dos candidatos ao Governo de Santa Catarina que participarão do Diálogo da Indústria, que vai ocorrer dia 22 de setembro na sede da FIESC, às 9h30. O encontro tem presença confirmada dos sete candidatos cujos partidos possuem representação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina: Carlos Moisés (Republicanos), Décio Lima (PT), Esperidião Amin (PP), Gean Loureiro (União Brasil), Jorge Boeira (PDT), Jorginho Mello (PL), Odair Tramontin (Novo).
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, explica que são premissas fundamentais do documento o atual cenário de grandes transformações e o papel central do setor industrial para o desenvolvimento social e econômico. “A indústria tem o poder de alavancar os demais segmentos, incorporar novas tecnologias e gerar inovações – em resumo, é o motor do desenvolvimento”, diz Aguiar. “O documento se propõe a ser o ponto de partida para o imprescindível diálogo entre os setores privado e público – que precisa ser constante, franco, transparente e ininterrupto, para a construção de uma Santa Catarina cada vez melhor”, completa.
Entre os temas de destaque estão infraestrutura (especialmente a de transporte), sistema tributário, qualidade da educação, inovação, planejamento de longo prazo para o desenvolvimento do estado, competitividade, internacionalização, ambiente para os negócios, disponibilidade de capital para investimento, além de pautas no campo trabalhista e ambiental.
Uma das propostas da Carta é a criação de um Conselho Permanente de Desenvolvimento de Santa Catarina, uma instância onde se poderá aprofundar as parcerias entre empresários e o setor público. “Ao institucionalizar o Conselho, Santa Catarina terá a oportunidade de voltar a planejar seu futuro de maneira consistente e integrada, alinhando objetivos e interesses em favor de um projeto robusto de desenvolvimento. Mais do que planejamento de governo, precisamos de planejamento de Estado”, explica Aguiar. “Naturalmente, este documento é um instrumento de comunicação vivo e em permanente aperfeiçoamento, à medida que avance a discussão com a sociedade e com os próprios candidatos”, acrescenta.
A FIESC optou por elaborar um documento mais sintético, dentro do qual estão os links para os estudos e outros conteúdos que aprofundam os diversos temas abordados nas 48 páginas da Carta da Indústria. As propostas estão fundamentadas no conjunto de características e indicadores da indústria catarinense, bem como na experiência de atendimento e prestação de serviços por parte da FIESC às empresas do setor. Estão estruturadas de modo a buscar o equilíbrio entre o estímulo à atividade econômica e a sustentabilidade de uma forma inovadora e partem do entendimento de que o crescimento de Santa Catarina exige a reinvenção da economia, com a indústria no centro da estratégia.
foto>Filipe Scotti, Fiesc