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FIESC IMPLANTA EM CHAPECÓ AÇÕES INOVADORAS EM EDUCAÇÃO

Oeste ganha primeira unidade do SESI Ciências e passa a contar com o SESI Matemática e câmara regional de educação Programa SESI Matemática reforça conhecimentos da disciplina de maneira lúdica. Foto: Junior Duarte/UQ Design

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) implantou, em Chapecó, três iniciativas que vão contribuir para o desenvolvimento da educação: a Câmara Regional do Movimento A Indústria pela Educação e os programas SESI Matemática e SESI Ciências. O evento ocorreu no SENAI em Chapecó. “Em todo o mundo, os jovens estão pedindo educação e educação de qualidade”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, referindo-se a pesquisa das Nações Unidas sobre as prioridades dos jovens em todas as regiões do
planeta. Por isso, destacou os investimentos em programas de matemática e em ciências associados à mobilização do setor industrial pela causa educacional.

Chapecó é a primeira cidade a receber o SESI Ciências, que vai estimular o contato do público geral com a ciência, por meio de 12 unidades móveis distribuídas por todo o Estado e equipadas com recursos didáticos e tecnológicos. Assim, o programa levará cursos itinerantes e interativos a todas às diversas regiões de Santa Catarina. Os participantes poderão realizar atividades em ilhas de trabalho com materiais que dão suporte aos experimentos científicos. Também estão disponíveis recursos como notebooks, tablets e simuladores para a pesquisa. Cada unidade móvel contém artefatos científicos, vídeos que abordam conceitos da ciência, kits de
experimentação, entre outros materiais que promovem a aproximação do participante com a ciência.

Por meio dessa ação, o SESI/SC, entidade da FIESC que desenvolveu o projeto, espera incentivar o interesse dos participantes pela ciência e pela tecnologia. A estratégia visa ainda à melhoria do desempenho dos estudantes em programas que mensuram a aprendizagem escolar, como por exemplo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).

“O SESI Matemática e o SESI Ciências são duas estruturas estratégicas desenhadas para disseminar o aprendizado dessas disciplinas fundamentais para o desenvolvimento da educação”, afirmou o vice-presidente regional da FIESC, Waldemar Schmitz. Ele destacou que a unidade do programa de matemática estará acessível também aos estudantes de aprendizagem industrial, ensino médio, cursos técnicos e de outros programas do SENAI, além de trabalhadores da indústria e alunos da educação de jovens e adultos (EJA), do SESI.

Por sua vez, o SESI Ciências poderá se deslocar para diferentes locais, para encontrar os trabalhadores e alunos. O programa estará acessível também a estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio das escolas que participarão do projeto Escolas Parceiras, do Movimento A Indústria pela Educação.

O presidente Côrte lembrou que 500 mil estudantes brasileiros tiraram nota zero em redação no último Enem. “Esses jovens serão os futuros médicos, advogados, engenheiros e professores. Se não melhorarmos a qualidade da educação do País, vamos ter professores que não tiveram um preparo adequado ensinado matemática, ciências, gramática, português”, disse. Ressaltando que o Brasil têm condições de melhorar a qualidade da educação no país, Côrte lembrou que o Brasil obteve, em meados de agosto, o título mundial na WorldSkills Competition, o torneio internacional de educação profissional. “O Brasil ficou em primeiro e a Alemanha, em sétimo”, observou.

Côrte defendeu que as ações em defesa da educação no país devem passam pelo estímulo aos jovens, valorização dos professores e aplicação adequada dos recursos. “Estudos sobre investimentos em educação no Brasil apontam que o País gasta muito com workshops, seminários e encontros que não dão resultado nenhum para melhoria da educação. Temos que investir bem os nossos recursos”, disse.

O presidente da FIESC reafirmou que a educação de qualidade é uma estratégia para o desenvolvimento do País. “Há um estudo da OCDE que conlui que se o Brasil conseguir com que todos os seus estudantes alcancem um patamar bom de proficiência em português e matemática, no final deste século o crescimento do PIB será oito vezes maior do que o nível que temos hoje”.

O superintendente do SESI/SC, Fabrizio Machado Pereir, destacou as deificiências brasileiras em conhecimentos nas áreas de ciências e matemática. “Um em cada 10 dos que concluem ensino médio tem mínimas condições de absorção dos conteúdos apresentados em matemática. 64% da população brasileira não tem o mínimo letramento científico, não compreende minimamente questões básicas da física e da química que estão no cotidiano de todos”, afirmou.

SESI Matemática

Por meio de uma metodologia desafiadora, lúdica e divertida, o programa SESI Matemática mostra como resolver problemas de maneira dinâmica mantendo o estudo dos conceitos da disciplina. Desenvolvido pela FIRJAN, ele inclui kits com materiais didáticos e bibliografia básica; formação continuada de professores; sistema de avaliação e acompanhamento pedagógico. O SESI Matemática tem como diferencial o foco no uso de novas tecnologias em conjunto com aquelas utilizadas em uma sala de aula tradicional. O professor tem a sua disposição tanto um quadro branco, para explicações e registros, como também uma lousa digital com internet e suporte para interatividade. Dessa forma, é possível apresentar vídeos com exemplificações de conceitos, acessar softwares e plataformas de games MangaHigh.

O projeto começou na unidade escolar de Criciúma, atendendo 90 estudantes das séries finais do ensino fundamental e cerca de 580 trabalhadores que frequentam os cursos de educação básica para jovens e adultos. São José e Jaraguá do Sul também possuem unidades do SESI Matemática. Nas regiões do Vale do Itajaí Mirim, Meio Oeste, Joinville, Oeste e Extremo Oeste mais 4,2 mil estudantes serão beneficiados. As regiões do Vale do Itajaí, Alto Vale, Serra e Planalto Norte também participarão da iniciativa com o kits itinerantes.

Câmara Regional de Educação

Vinculadas às vice-presidências da FIESC, as Câmaras regionais contam com a participação de representantes do setor industrial, dos sindicatos patronais e dos trabalhadores, dos setores de educação da rede pública, além dos jovens embaixadores do programa Conexão Jovem. “É uma ação coordenada e articulada entre diferentes entidades, para construir, junto às comunidades, alternativas para suprir as deficiências educacionais do País”, afirmou Schmitz. Integram a Câmara representantes de entidades públicas (como secretarias estadual e municipais de educação) e privadas, ligadas ao setor industrial.

O diretor executivo do Movimento A Indústria pela Educação, Antônio José Carradore salientou que as câmaras regionais estão integradas às metas do movimento de elevar de 55% para 63% os trabalhadores com escolaridade básica completa, além de atender 100% da demanda de profissionais qualificados, conforme a pesquisa Mapa do Trabalho, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Fotos: Fiesc, divulgação

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