Jair Bolsonaro segue surpreendendo. Desta vez, mandou uma mensagem clara ao PL. Está suspenso o ato de filiação dele ao partido pilotado pelo senador Jorginho Mello em Santa Catarina. Seria no dia 22, que é o número usado pelo partido nas urnas.
Transpirou um dos principais motivos para que o presidente puxasse o freio de arrumação: o apoio do PL à candidatura do vice-governador de São Paulo à sucessão de João Doria. Ele, naturalmente, é desafeto do chefe da nação, assim como seu principal apoiador, o próprio governador paulista.
Em outros estados também foram identificadas situações que contrariam os interesses da família Bolsonaro.
Se a condição do presidente para assinar ficha partidária for o controle total da legenda no país todo, ele ficará sem partido! Isso não existe.
Filosofia
Como costuma dizer, nas internas, o próprio senador Jorginho Mello: “se partido fosse bom não seria partido, seria inteiro.”
Condenação
O movimento de Bolsonaro despertou a ira do poderoso presidente nacional do PL, ex-deputado Waldemar da Costa Neto. Condenado no mensalão, ele cumpriu três anos de prisão na Papuda, em Brasília. De lá, seguiu comandando o PL, partido que preside há 20 anos. Ele derrubou, de dentro da prisão, um ministro de Dilma Rousseff, Cesar Borges, e mandou nomear outro.
Poderoso chefão
Costa Neto também pilotou todas as votações e posicionamentos do partido no Congresso, mesmo em seu período e inquilinato na Papuda.
Olha o nível
Consta que Costa Neto mandou um recado mal criado ao presidente e seus filhos: Vão tomar…”. Curto e grosso. Vejam o quilate dessa gente, o estofo, o pedigree.
O PP volta a figurar como possível destino, mas a novela já serviu mais para irritar aliados do que para agregar. Aliás, agregar politicamente não é bem a especialidade de Bolsonaro.
Centrão
Aqui entre nós, no PP, presidido por Ciro Nogueira, o nível de comando não é muito diferente.
Os dois partidos são do Centrão, formado pelo grupo de partidos fisiológicos e que foram atacados por Bolsonaro em 2018.
Palanques
Reflexos, naturalmente, no cenário catarinense, especialmente entre os dois senadores: Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP).
Mas há outros nomes em Santa Catarina identificados com o presidente. Antídio Lunelli, João Rodrigues e o próprio Carlos Moisés, que vai tentar pegar uma carona na popularidade presidencial entre os catarinenses.
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