Apesar da pressão social e de senadores favoráveis (41 dos 81 assinaram), como Randolfe Rodrigues (propositor) e Álvaro Dias, o futuro da PEC que extingue o foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, é incerto.
Nos últimos dias, circularam informações de que a proposta iria a plenário nesta semana. Mas o próprio Randolfe já admite que a apreciação pode ficar para abril.
Nos bastidores existe a movimentação para brecar o avanço da PEC. É verdade que 41 senadores subscreveram o protocolo para acelerar a votação, mas assinaturas podem ser retiradas, atravancando o trâmite. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, enrolado na Lava Jato, assim como outras figurinhas carimbadas (Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, por exemplo), não querem nem ouvir falar na aprovação da matéria.
Mantendo o foro privilegiado, suas excelências envoltas em suspeitas gravíssimas mantêm seus processos no âmbito do STF, onde a tramitação é mais lenta. São apenas 11 ministros, todos abarrotados de processos e cuja proximidade com os políticos não é novidade para ninguém!
TRIPÉ
Os três senadores por Santa Catarina, Paulo Bauer, Dário Berger e Dalirio Beber, até o momento estão no grupo favorável ao fim da excrescência chamada foro privilegiado.
MANOBRAS
São tão notórios os movimentos para barrar a PEC que fulmina o privilégio do foro para autoridades e senadores como o próprio Eunício Oliveira articulam disputar novo mandato na Câmara Alta – abrindo mão de concorrer ao governo de seus estados (governador é julgado pelo STJ) -, na certeza de que a proposta não vingará. A conferir!
NÚMERO
Atualmente, 36 mil iluminados, ops, autoridades, estão sob o generoso guarda-chuva do foro privilegiado.
