O Movimento Floripa Sustentável encaminhou ofício à direção da Casan, nesta quinta-feira (28), com pedido detalhado de informações sobre o vazamento da Estação de Tratamento de Esgoto da Lagoa da Conceição, ocorrido no dia 25. Entre outras coisas, questiona a rotina de fiscalização, a segurança da barragem, a ciência de alerta sobre os riscos, a qualidade dos efluentes tratados, além de medidas para evitar novos vazamentos e como pretende dimensionar e recuperar os danos já causados.
O movimento, que congrega 44 entidades representativas da sociedade civil, manifestou total apoio às ações do Ministério Público, Instituto de Meio Ambiente (IMA), Agência de Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos de SC (Aresc), Floram e outros órgãos, no sentido de uma efetiva apuração e responsabilização da Casan.
Uma grande preocupação é a constatação de que tais efluentes, ainda que tratados, apresentam contaminação com esgoto doméstico e sanitário. Em análise realizada em junho de 2020, a própria Aresc constatou irregularidades. “Confirmadas as irregularidades, precisa haver punição exemplar. Se a companhia já tinha sido alertada oficialmente pela Aresc e pela própria população local para tomar providências, então a maior tragédia ambiental já vivida pela cidade não foi um acidente”, alerta Zena Becker, presidente do Floripa Sustentável.
A campanha da ACIF para o socorro às pessoas que ficaram desabrigadas ou tiveram casas e lojas inundadas recebeu o apoio do Floripa Sustentável. Zena Becker também sugeriu que as entidades do trade turístico “se posicionem diante da desfiguração de um dos mais belos cartões postais do Brasil”.
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