Manchete

Força total

Um sucesso absoluto. Inquestionável. A Avenida Paulista foi tomada de verde amarelo.
Uma manifestação sem precedentes na história contemporânea do Brasil. Acabou sendo uma demonstração inequívoca de força política. De alguém que está fora da presidência há mais de 1 ano e que vem sofrendo um bombardeio. Não apenas dos atuais ocupantes do poder Executivo, tendo à frente Lula da Silva, mas também é perseguido pelo poder Judiciário, na figura do Supremo Tribunal Federal. Nada disso conseguiu abalar a movimentação, o apelo popular de Jair Bolsonaro.
O domingo transformou-se numa mensagem e em uma imagem. Que certamente ultrapassou fronteiras, ainda que foi um discurso de pacificação. O ex-presidente pediu a anistia. Para todos aqueles brasileiros que estão sendo condenados a 15, 20 anos de prisão.
Velhinhas com a bíblia, com o rosário na mão. Jovens e mulheres que sequer dispunham de um canivete. Apenados de maneira mais severa do que homicidas, criminosos, traficantes, delinquentes. Ou seja, é algo surreal. Mas vamos ainda na manifestação de Jair Bolsonaro.

Paz

Ao falar em anistia, pacificação, ele deixou claro que absorveu o que vem acontecendo no país. Sobretudo o episódio de outubro, numa alusão clara e direta ao resultado das urnas.

Legado

Bolsonaro também relembrou algumas situações relacionadas ao seu governo, obras, investimentos. Claro que fez isso para que todos fizessem o cotejamento em relação a atual realidade.

Personagem

O catarinense Jorginho Mello que, juntamente com o anfitrião Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, de Goiás, Romeu Zema de Minas Gerais, marcaram presença destacada no evento. Jorginho mereceu uma palavra especial não apenas de Bolsonaro, mas também de Tarcísio, que falou em nome dos governadores. Relembrando que, como senador, ele foi o responsável pelo Pronampe, que assegurou recursos para as empresas naquele momento da pandemia. Época em que a situação tornou se insustentável sob o aspecto financeiro.

Voz

Mas a fala que mais impactou na manifestação foi a do pastor Silas Malafaia, promotor e idealizador do evento, e também quem o bancou através da sua pessoa física.

Recado

Malafaia meio que assumiu abordagens que, ao natural, seriam de Bolsonaro, que procurou se preservar, já que está sendo acossado de todas as formas. Implicitamente até com ameaça de prisão. Silas Malafaia focalizou pontos históricos mostrando claramente a incoerência, parcialidade e o tendenciosismo do Supremo Tribunal Federal, especialmente na figura de Alexandre de Morais.

Militante

O discurso do Ministro Luís Roberto Barroso, antes de assumir a presidência do Supremo, no encontro da UNE (União Nacional dos Estudantes), foi uma vergonha só. Na oportunidade, disse que “derrotamos o Bolsonarismo”.

Posição

O pastor rememorou falas de Alexandre de Moraes, dando a entender que cumpriu um papel ao abater, inviabilizar a reeleição de Jair Bolsonaro. Só faltou citar Gilmar Mendes, que deixou claro que graças ao Supremo Tribunal Federal que Lula voltou, foi descondenado, retirado da prisão e teve os direitos políticos restabelecidos para derrotar Bolsonaro.

Atenção

Ou seja, foi uma manifestação que, sem dúvida nenhuma, deve ter incomodado muito o STF e seus ministros, inclusive o próprio presidente da República, porque Silas Malafaia foi também na direção dele.

A “Cereja do Bolo”, contudo, foi a oração de Michelle Bolsonaro, quando ficou claro que o Brasil está em conexão com Israel. Isso numa alusão às declarações vergonhosas, escandalosas de Lula.

História

De modo que o evento de domingo seguramente vai provocar desdobramentos.
Vamos ver como vão reagir o governo e o Judiciário, mais precisamente o consórcio STF-Planalto, que nada de braçadas diante de um Congresso acovardado. Mas a população brasileira mandou um sinal, ela está atenta.

Limites

A leitura final é cristalina: o conluio dos dois Poderes já avançou o sinal e muito. Se, eventualmente, resolverem, depois de soltar Lula da Silva, prender o ex-presidente, sabe-se lá qual desfecho que teremos.

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