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Fortes críticas aos políticos na posse da OAB

Quase duas mil pessoas participaram nesta quinta-feira (25) à noite da solenidade de posse da nova Diretoria e Conselho da OAB/SC, presididos pelo advogado Paulo Marcondes Brincas (D). A cerimônia contou com a presença do governador Raimundo Colombo, presidentes de Tribunais, ministros, representantes de outras seccionais e do presidente do Conselho Federal da OAB, Cláudio Lamachia (E). A noite foi marcada por discursos políticos fortes, recheados de críticas ao Governo e aos políticos. “O Brasil está doente. Uma crise moral e ética assola o País. A chaga da corrupção precisa ser exterminada, e temos armas legais para isso. Se as ruas estão clamando, a vontade da OAB/SC não pode ser outra. Nosso País precisa da OAB. O momento é delicado e nos exigirá coragem”, disse o ex-presidente Tullo Cavallazzi Filho.

Num discurso rápido, mas firme, o governador disse que “está chegando o momento de agir e a OAB, pela sua história e pelos seus líderes, deve assumir um papel de protagonista”. “Nosso País ainda está dividido, como nos tempos de Antônio Conselheiro, numa sociedade onde alguns têm, mas que exclui milhares, senão milhões de seres humanos, negando-lhes o mínimo para competirem em igualdade nessa sociedade desigual”, falou o presidente da CAASC, Marcus Antônio Luiz da Silva. Brincas se disse “indignado com a corrupção institucionalizada e o colapso da economia” e defendeu as investigações da Polícia Federal. “Temos que passar o Brasil a limpo, fazer uma faxina”, disse. “Isso pode ser feito dentro das regras constitucionais”, emendou, numa referência à decisão do Supremo Tribunal Federal que liberou a execução provisória da pena. Último a discursar, o presidente Cláudio Lamachia foi bastante aplaudido. “A OAB não faltou no passado, não falta no presente e não faltará no futuro. Nós advogados somos agentes de transformação social e nossa instituição tem que liderar isso com respeito à política. Queremos uma depuração da classe política, uma representação à altura do povo brasileiro. Estamos numa crise ética sem precedentes”, disse.

Foto>divulgação

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