Cinco meses após terem participado do comitê que definiu os protocolos sanitários para realização de eventos em todo o Estado, os empresários do setor denunciam: estão abandonados à própria sorte. “Mais de 50% das empresas prestadoras de serviço para eventos não possui mais condições de atuar, fechando as suas portas e ampliando as demissões. Isto significa um retrocesso de cerca de 10 anos na formação e especialização de empresas do setor”, diz Marcelo Bohrer, Coordenador do Forum de Turismo da Grande Florianópolis (Fortur), entidade que reúne o trade turístico e de eventos da região.
O Fortur reivindica que os protocolos utilizados com a situação de “bandeira laranja” sejam os mesmos na “bandeira vermelha”. A entidade alega que os protocolos fixados em Santa Catarina já são extremamente rígidos em relação aos demais Estados e atendem à necessidade de distanciamento social. “O setor investiu no desenvolvimento de procedimentos rigorosos, baseados em protocolos internacionais, e está preparado para operar com baixo risco”. Porta-voz da insatisfação do empresariado, Bohrer garante que vai levar tempo para que o setor volte ao patamar anterior. “Neste intervalo de tempo muitas empresas perderam eventos e perspectivas de novos negócios. Foram obrigadas a demitir e tiveram pouca oferta de linha de crédito para garantir a própria subsistência”. “A situação é desesperadora”, garante o presidente do Fortur
foto>Observatório do Turismo, divulgação