Fraco desempenho da rua fortalece Dilma
Até o fechamento desta coluna, as autoridades ainda não haviam divulgado números oficiais sobre a quantidade de populares que foi para a rua ontem, no dia nacional de manifestações. Em algumas cidades, estranhamente, as polícias militares se recusaram a fazer as contas! Mas a julgar pelas tíbias manifestações em praças importantes como Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e Belém, o domingo não marcou o início de uma nova semana, e sim o fim da semana perfeita para a presidente Dilma Rousseff.
Antes de ver pouca gente no asfalto pedindo sua cabeça, a petista conseguiu acertar o apoio de Renan Calheiros e a mobilização do Senado para evitar a pauta-bomba e o encaminhamento do impeachment (vai custar caro, certamente, mas isso é outra história); viu o ministro Luiz Fux pedir vistas sobre o pedido de cassação eleitoral subscrito pelo PSDB – o TSE iria avaliar se aceitaria ou não o processo; ganhou mais 15 dias para “explicar” as pedaladas fiscais no TCU e, de quebra, assistiu ao STF determinar que as contas do governo de 2014 – independentemente do encaminhamento que venha a ser proposto pelo TCU – deve ser julgado pelo Congresso Nacional e não apenas pela Câmara dos Deputados. Significa que caberá a Renan, que está em lua-de-mel com Dilma, pautar a matéria. Afinal, o presidente do Senado é quem pilota o Congresso.
Em tempo: o teatro que foi feito semana passada no Palácio do Planalto, com o presidente da CUT ameaçando o povo brasileiro na sede do poder Executivo nacional (ele declarou, na maior cara de pau, que o braço sindical do PT iria às armas se fosse preciso), sob as graças da ex-guerrilheira, foi emblemático. E para atentos observadores, foi um fator que contribuiu bastante para afugentar o pacífico povo brasileiro das ruas.
Unidade
Presidente estadual do PMDB, deputado Valdir Cobalchini, disse à coluna que nunca houve, na história do manda brasa, um sentimento de unidade tão forte nas hostes catarinenses da legenda.
Praças
Segundo Cobalchini, o PMDB terá candidato a prefeito em cidades onde há décadas não concorre na cabeça de chapa. Citou Chapecó (onde um dos nomes é o do deputado federal Valdir Colatto e o outro é de Irio Grolli); Brusque (ali, o partido não lança candidato há 30 anos) e Itajaí.
Disputa
Na cidade portuária, há uma queda-de-braço entre o PMDB e o PSD pelo passe do ex-deputado Volnei Morastoni, e do filho dele, o vereador Thiago Morastoni. Cobalchini mostrou-se confiante na chegada do ex-deputado e ex-prefeito. Já em Brusque, o nome mapeado pelo PMDB é o do vereador Guilherme Marchewsky.
Exemplo
Deputado Vicente Caropreso acompanhou o xará e empresário, Vicente Donini, em recente périplo por Brasília. O dono da Marisol e o deputado tucano voltaram para Santa Catarina com a garantia de liberação de R$ 2,4 milhões para o Hospital e Maternidade São José, de Jaraguá do Sul. Exemplo para SC e o país.
Minotto presidente
A permanência de Manoel Dias na esplanada, como titular do Ministério do Trabalho, significa que o deputado estadual Rodrigo Minotto tem tudo para assumir a presidência estadual do partido. Maneca passou a presidência para o primeiro-vice no Estado, Luiz Viegas, que ainda ocupa o cargo. Mas ele também vai se licenciar.
Reunião nesta segunda
O quadro interno no PDT motivou convocação de reunião de emergência da cúpula estadual do partido para esta segunda-feira à noite, em Florianópolis. A convergência em torno de Minotto, único pedetista com mandato estadualizado em Santa Catarina, daria, inclusive, mais visibilidade ao comando partidário. O parlamentar deve ser eleito por aclamação. rciais e poucas opções aos clientes.