Os dois psolistas fizeram caminhada para virar voto com militância da maior frente popular do país
Na última semana da corrida eleitoral, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) veio reforçar a campanha do candidato de seu partido a prefeito de Florianópolis Elson Pereira, segundo colocado na última pesquisa Ibope. A liderança carioca da sigla participou de caminhada com militantes da Frente Democrática por Floripa, maior coligação do campo popular do país, pelas principais ruas do Centro da cidade. Na reta final para o pleito, Freixo vem percorrendo capitais onde a legenda tem mais chances de seguir para o segundo turno.
No ato, Freixo falou sobre a importância das eleições municipais para vencer a extrema direita e retomar a democracia no país, e como a união da frente popular contribuirá para esse restabelecimento. “Bolsonaro já começou a cair na eleição do Trump, que ele perdeu. E agora nós temos que concretizar nas nossas cidades a consolidação da democracia. É hora de virar voto”, disse. Para o deputado, “Elson traz uma possibilidade muito concreta de uma grande aliança da esquerda chegar ao segundo turno”, ressaltou.
Elson lembrou de como a coalizão se estabeleceu para vencer o bolsonarismo e o histórico de governos conservadores na capital, salvo o hiato entre 1993 e 1996, do governo Sérgio Grando e Afrânio Boppré. “Nós somos a única candidatura capaz de dar uma alternativa para nossa cidade, com desenvolvimento social e com respeito ao meio ambiente, e sem tornar a prefeitura um banco de negócios ou um lugar que envergonhe a população, afirmou.
Histórico de surpreender nas urnas
A frente popular aposta no histórico de Elson ter sempre superado as pesquisas nas urnas para alcançar o segundo turno. Em 2012, na sua primeira disputa, Elson chegou a ter indicativo de 1%, mas obteve 14,42% dos votos e foi considerado o maior destaque do pleito. Já em 2020, na pesquisa Ibope mais recente, divulgada em 2 de novembro, o candidato aparece com 13% das intenções, enquanto que na anterior, de 5 de outubro, figurava com 7%.
Outra referência para a expectativa positiva é a soma dos votos da coligação na última eleição. Nela, o candidato recebeu 51.106 votos, ou 20,60%, ficando em terceiro lugar. Se fossem somados junto aos votos válidos de todas as siglas do campo progressista, que saíram em chapas diferentes, ultrapassariam o índice da segunda colocada. A coligação é formada por sete partidos: PSOL, PT, PDT, PCdoB, PSB, REDE, UP, além das organizações PCLCP e UCB
foto>Sérgio Vignes, divulgação