Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, estará em Florianópolis nesta sexta-feira. Vai reunir a cúpula do partido para dar as diretrizes nacionais da legenda, que se assanha para lançar a candidatura presidencial do senador Rodrigo Pacheco, que pilota a Câmara Alta na atualidade.
Muito embora hoje o PSD estadual seja, em boa medida, controlado pelo deputado Julio Garcia, liderança que tem o apoio em dois pilares: João Rodrigues, prefeito de Chapecó; e Eron Giordani, chefe da Casa Civil de Moisés da Silva, não seria de bom alvitre ignorar a proximidade do ex-governador Raimundo Colombo com o próprio Kassab.
O paulista, contudo, tem a característica de não ir contra os ventos internos da naturalidade. Basta observar o contexto de 2018: Colombo queria empurrar o PSD para nova aliança com o MDB, com ele disputando o Senado. O deputado Gelson Merisio se impôs e afastou-se do Manda Brasa, disputando o governo pelo PSD. Kassab não se intrometeu na disputa doméstica naquela oportunidade.
Padrinho
Kassab certamente deve se avistar com Jorge Bornhausen, que foi quem o indicou para ser o candidato a vice-prefeito na chapa de José Serra (PSDB) em 2004 na capital paulista.
História
Serra havia perdido a presidência para Lula da Silva em 2002, mas conquistou a prefeitura dois anos depois. Havia muita resistência ao nome de Kassab. JKB bancou e ele permaneceu.
Currículo
Na sequência, Serra renunciou à prefeitura para disputar o governo paulista, guindando Kassab ao comando da maior cidade da América Latina. Em 2008, o pessedista bateu Marta Suplicy, renovando o mandato de prefeito.
DNA articulador
Voltando para 2021, a articulação forte de Kassab é pra trazer Rodrigo Pacheco do DEM para o PSD, colocando o senador como alternativa de centro para a disputa presidencial de 2022.
Prefeitos
Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, deverá ser candidato ao governo de Minas pelo partido, assim como Eduardo Paes no Rio de Janeiro ou até mesmo lançar algum outro nome para o governo fluminense.
Tripé
Em São Paulo, Geraldo Alckmin está com um pé e meio no PSD. É candidato fortíssimo a novo mandato no estado paulista. Ou seja, consolidando-se este cenário, o PSD sairia robusto no tripé São Paulo, Rio, Minas, as três principais unidades da federação.
Pé na estrada
O quadro geral catarinense aponta novamente para disputa interna no PSD com vistas ao encaminhamento partidário de 2022.
Enquanto Raimundo Colombo e Napoleão Bernardes estão com o pé na estrada, conversando com lideranças pessedistas em todo o estado e mobilizando a legenda, o deputado Julio Garcia tornou-se governista até a medula.
Queda-de-braço
Sinaliza claramente que avalia o apoio partidário a Moisés da Silva, que é candidatíssimo à reeleição no próximo ano.
A conferir quem vai vencer essa nova queda-de-braço interna.
foto>arquivo, divulgação