De indiciado, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, passou à condição de denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal. Cabe ao Judiciário aceitar ou não a denúncia de que o prefeito faria parte de uma organização criminosa instituída com o objetivo de vazar informações sobre operações da Polícia Federal e do Gaeco.
Caso a Justiça aceite a peça, o alcaide passaria à condição de réu, o que obviamente pode colocar em xeque seu projeto reeleitoral.
O MPF acatou parte das denúncias apresentadas pela Polícia Federal, que deflagrou, em junho do ano passado, a Operação Chabu. À época, Gean chegou a ficar preso por 12 horas e também foi afastado das funções de prefeito por alguns dias. O MPF não aceitou outras partes da denúncia, como as acusações por suposta corrupção passiva e por atrapalhar a investigação.
Outras seis pessoas foram denunciadas além de Gean Loureiro, enquanto 10 indiciados acabaram fora da peça apresentada ao Judiciário pelo MPF. Dois dos denunciados são do chamado núcleo policial do esquema. No setor político da organização, além do próprio Gean, o Ministério Público denunciou o ex-chefe da Casa Civil no governo de Eduardo Pinho Moreira, Luciano Veloso Lima.