O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), tem dito, a interlocutores, de forma reservada, que estaria reavaliando a renúncia à qual se comprometeu para disputar a eleição de 2022, decisão que abriria caminho para a posse do vice-prefeito, Topázio Neto (Republicanos).
O vice, registre-se, é empresário vitorioso, cresceu de forma consistente, começando do nada. Bem situado e resolvido profissional e financeiramente, Topázio Neto resolveu entrar para a vida política. A forma encontrada foi compor a chapa do então candidato à reeleição, hoje prefeito reconduzido da Capital.
Não foi por acaso que Gean sacou o vice-prefeito, João Batista Nunes, do PSDB, um partido importante, para ceder a vaga ao politicamente desconhecido empresário. Que se filiou a um partido pequeno, o Republicanos.
Qual foi a motivação da troca abrupta lá em 2020? Topázio entrou no jogo para bancar a campanha do ponto de vista estrutural.
MARKETING
O marketing da campanha de Gean, especula-se nos bastidores, teria custado R$ 6 milhões, valor que teria sido pago pelo hoje vice-prefeito.
Sua chegada, portanto, foi estratégica para a logística eleitoral, para estruturar o projeto. Também se comenta fervorosamente, nas rodas políticas, que haveria um componente mensal na relação entre o vice e o prefeito de Florianópolis.
Em tempo. O prefeito Gean Loureiro já esteve bem mais próximo do PSD, pelas mãos do deputado Julio Garcia. Curiosamente, neste momento, Gean está bem mais inclinado ao PSDB. Aí pela articulação do ex-deputado Gelson Merisio. Vale lembrar que o alcaide florianopolitano já foi tucano. Deixou o partido lá atrás. O ninho, aliás, é a casa do ex-vice-prefeito João Batista, imolado por Gean em 2020 para pavimentar a chegada de Topázio Neto.
Outro resgate neste contexto: Julio Garcia e Gelson Merisio já foram afinadíssimos. Hoje não são nem adversários. São inimigos.
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