- Pesquisa mostra que 47% esperam alta da inflação e 40%, desemprego maior
- Otimismo sobre a economia recuou de 59% para 50%
- Para 49%, o Brasil está na direção errada. 43% acham que o rumo está certo
- O número de viagens de Lula é excessivo para 55%, e 60% dizem que o presidente se dedica mais do que devia à agenda internacional
- Para 57%, Brasil deveria classificar o grupo Hamas como terrorista
A quinta rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2023 mostra recuo na aprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em relação à pesquisa anterior, de agosto, a aprovação recuou 6 pontos percentuais. No mesmo período, a desaprovação ao trabalho do presidente avançou de 35% para 42%, mesmo índice de abril.
A deterioração dos indicadores do presidente e de seu governo aconteceu em todas as regiões. No Nordeste, onde o presidente venceu em 2022, continua com a melhor avaliação com a aprovação de 64% dos entrevistados. Nas demais regiões, houve recuo na aprovação e avanço na desaprovação. Na Região Sudeste, a aprovação do presidente caiu de 55% para 49%; no Sul, de 59% para 50%; e no Centro-Oeste e Norte, oscilou de 52% para 50%.
Para 49%, o Brasil está na direção errada, avanço de 8 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Os que consideram a direção correta são 43% agora, contra 46% em agosto. Os mais otimistas são os nordestinos, com 57%, enquanto 55% dos moradores do Sul e 54% do Centro-Oeste consideram que o país está na direção errada.
A percepção da economia é um fator importante para esse resultado. Para 32% a economia piorou nos últimos 12 meses, contra 23% em agora. Para os próximos 12 meses, as expectativas pioraram. Em agosto, 59% acreditavam em melhoria, agora são 50%. Para 57%, os preços das contas subiram, enquanto 42% apontam alta nos alimentos e 43% nos combustíveis. A inflação deve subir, na opinião de 47%, assim como o desemprego, para 40%.
Esse desempenho não afetou a avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que continua aprovado por 26%, mesmo percentual dos que o avaliam negativamente.
Outro ponto que pesa na avaliação negativa é a quantidade de viagens do presidente ao exterior. Para 55%, o presidente viaja demais. 60% consideram que essas viagens não trazem bons resultados para o país.
Ainda no front externo, a pesquisa quis avaliar as ações do governo na guerra Israel-Hamas e constatou que a maioria (57%) considera errado o Brasil não considerar o Hamas como um grupo terrorista, contra 26% que pensam o contrário. Por outro lado, têm ampla aprovação as medidas destinadas a proteger os brasileiros que estão na região.
85% aprovam as conversas com países do Oriente Médio para o retorno dessas pessoas, mesmo percentual dos que aprovam a disponibilização de aviões da Força Aérea Brasileira para o resgate. No balanço geral, essas avaliações fazem com que as opiniões se dividam quando a pergunta é a postura de Lula diante do conflito. 35% avaliam positivamente, 31% consideram regular e 23% reprovam.
A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 22 de outubro, com 2.000 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais em todos os Estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. . Em abril, eram 60%.