A visita do prefeito de Joinville, Udo Döhler, do MDB, ao colega de Criciúma, Clésio Salvaro, do PSDB, esta semana, emitiu vários sinais.
Primeiro aspecto. Os dois eram nomes com musculatura suficiente para a disputa majoritária deste ano. Ficaram de fora. Não foram estimulados dentro de seus respectivos partidos. Udo porque tinha, até março, a concorrência de Mauro Mariani e Eduardo Moreira; e Clésio por ver dentro do PSDB uma profusão de nomes.
Udo e Clésio trocaram experiências administrativas, mas há, ainda, outro ponto convergente entre eles. Udo administra Joinville, que está fora, até segunda ordem, das principais cabeças de chapas e nomes colocados ao Senado nesta pré-campanha. Luiz Henrique da Silveira morreu em 2015 e Udo não disputará. Paulo Bauer é de Jaraguá do Sul e Mauro Mariani, de Rio Negrinho. Os dois têm penetração e votam no maior colégio eleitoral de Santa Catarina, mas não tem origem na cidade do Norte.
Criciúma também está fora do páreo sucessório estadual depois da desistência do governador Eduardo Pinho Moreira. E do impedimento do próprio Clésio Salvaro, que não renunciou à prefeitura.
Importância
Não custa lembrar que o eleitorado joinvilense foi decisivo para surpreendente vitória de Luiz Henrique da Silveira sobre Esperidião Amin em 2002. Principalmente no segundo turno, quando LHS saiu da cidade com 126 mil sufrágios de frente. Já em 2014, Raimundo Colombo conquistou menos de 1% de vantagem sobre Paulo Bauer em Joinville, que viu seus eleitores se dividirem entre os dois candidatos.
Blumenau
Enquanto Joinville e Criciúma estão sem nomes nas principais majoritárias que se desenham, Blumenau conta com três representantes. Seus três últimos prefeitos reeleitos, Décio Lima (PT), João Paulo Kleinübing (DEM) e Napoleão Bernardes (PSDB), estão no páreo. O petista já avisou que disputará na cabeça. JPK tem colocado sua candidatura a governador, mas pode compor de vice ou disputando o Senado, assim como o próprio Napoleão.
Celos
A justiça negou o pedido de suspensão dos descontos relativos ao equacionamento realizado pela Fundação Celesc de Seguridade Social – CELOS, aos participantes. A ação, movida por cerca de dez assistidos da instituição, foi considerada improcedente pelo juiz da 3ª Vara Cível da Capital, que compreendeu que a Fundação agiu de acordo com a legislação previdenciária, a fim de resguardar e garantir a viabilidade financeira, bem como o pagamento dos benefícios.
Custas
Além de indeferir os pedidos contra a Celos, o juiz condenou o grupo ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, estipulados em 15% do valor da causa. É bom lembrar que esse tipo de ação acarreta mais despesas aos participantes e assistidos.
Clamor
O deputado federal Marco Tebaldi conclamou os companheiros, simpatizantes a mostrar “a força do Norte” catarinense e eleger um governador tucano. Dois governadores saíram de Joinville Pedro Ivo Campos e Luiz Henrique, este último com apoio do PSDB, que integrava a chapa em 2002 (Pavan Senador) e 2006 (Pavan vice-governador). “Agora é a hora de o PSDB encabeçar a chapa e sair de Joinville e região com larga vantagem”, adianta o deputado. E a região tem Paulo Bauer, nascido em Jaraguá do Sul e com carreira e domicílio em Joinville.