A agenda de Jair Bolsonaro em Santa Catarina, sábado, demonstrou claramente que o presidente percebeu a importância de sua presença muito mais por um gesto político depois do ciclone bomba.
Ele chegou ao Estado às 8h20 e embarcou de volta a Brasília às 10h25min. Tudo bem que tinha o almoço com o embaixador americano em função do 4 de julho, data da independência norte-americana.
Foi um pouco mais de uma hora de conversa com autoridades e menos de uma hora sobrevoando Tijucas e Governador Celso Ramos, duas cidades muito castigadas pelo temporal da semana passada.
Mas ficou a leitura de que o presidente poderia ter ido a outras áreas também e se alongado mais. Sobretudo porque ele não se manifestou previamente. Se, por exemplo, já tivesse anunciado recursos emergências para salvar empresas e famílias que perderam tudo, a passagem-relâmpago ficaria de bom tamanho.
Não foi o caso. Sim, é preciso fazer os levantamentos para então liberar verbas. Isso é no global. Emergencialmente, o governo já poderia ter praticado algum gesto ante a enorme tragédia.
Agora é cobrar para que os recursos sinalizados por Bolsonaro efetivamente cheguem ao estado.
Sucupira aqui
De um atento colaborador da coluna. Registro deveras interessante.
“A gestão pública no Brasil parece estar ainda nos tempos de Sucupira.
Esta semana Santa Catarina foi atingida por um Ciclone, que fez vítimas fatais e também deixou diversas cidades devastadas, e em estado de calamidade pública.
Portas fechadas
“Sexta-feira (03/07) o prefeito Juliano Campos, de Governador Celso Ramos, participou de uma reunião com autoridades dos governos federal e estadual. Foi de Bicão. Depois emprestou um helicóptero de amigos e mostrou os estragos para as autoridades. Hoje (04/07) foi correndo para o aeroporto Hercílio Luz pensando em falar com o presidente Jair Bolsonaro. Deu com a cara na porta, porque seu nome não estava lista dos convidados. Voltou para casa irritado e teve que se contentar em cumprimentar o presidente somente com um aceno de longe.”
Vídeo
A vice-governadora Daniela Reinehr, acompanhou os compromissos do presidente. Em quarentena por causa do Covid19, Moisés da Silva participou da reunião final por vídeo.
Sustentabilidade
Dados do World Green Building Council, entidade que reúne organizações de 70 países dedicadas à implementação de práticas mais sustentáveis na construção civil, indicam que as políticas adequadas de eficiência energética no setor poderiam gerar diminuição de gastos anuais que varia entre 280 e 410 bilhões de euros em todo o mundo. As edificações “verdes” também garantem redução de emissão de gases causadores do efeito estufa. Para ser considerada uma obra efetivamente sustentável, porém, é preciso ir além do discurso.
