Na reunião do colegiado, ontem à noite, na Celesc, Raimundo Colombo deu uma bela chamada nos seus assessores. Boa parte deles não apresentou o plano para redução do custeio da máquina, que em média deve ser de 20%. O governador fez a solicitação em meados de janeiro, na primeira reunião com o primeiro escalão no segundo mandato.
Colombo está batendo nesta tecla da redução de custeio. O momento econômico delicado traz reflexos para Santa Catarina, notadamente na arrecadação. O Estado tem um histórico de crescimento no caixa geralmente na casa dos dois dígitos, sempre acima da inflação.
Em janeiro e fevereiro de 2015, o quadro mudou. A arrecadação cresceu, mas abaixo da inflação, o que significa perda de receitas.
SC MELHOR DO QUE OUTROS ESTADOS
Secretário de Planejamento, Murilo Flores, que assumiu recentemente a presidência da associação nacional dos secretários da área, foi escalado para apresentar a realidade de outros estados. Neste comparativo, Santa Catarina voa em céu de brigadeiro, pois há unidades da federação onde a folha de pagamento consome 60% da receita, estourando todos os limites.
Apesar disso, Colombo não vai abrir mão da redução de custos. Quer mais recursos para investir. Durante sua fala, o governador também procurou tranquilizar o colegiado, apostando que a presidente Dilma conseguirá reverter a delicada situação econômica do país. Caso contrário, ponderou o lageano, o Brasil pode ingressar em um rumo muito complicado. O que não seria bom para ninguém.
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