Moisés da Silva, os outros governadores do Sul, Eduardo Leite (RS) e Ratinho Junior (PR), mais a ex-senadora Ana Amélia Lemos, atual Secretária Extraordinária de Relações Federativas e Internacionais do governo do Rio Grande do Sul, tiveram um encontro reservado em Brasília.
Os mandatários estaduais foram a Brasília, nesta terça-feira. Conversaram com o ministro Paulo Guedes (Fazenda) sobre a Reforma da Previdência e o socorro da União aos Estados, ajuda que passa pela renegociação das dívidas estaduais. Guedes sinalizou, ainda, com a possibilidade de R$ 10 bilhões em antecipações de receitas aos Estados e outras medidas que podem ser encaminhadas ao Congresso Nacional em até 60 dias. Por pressão dos governadores o pacote de ajuste fiscal deve sair logo do forno. Em outra frente, o ministro falou sobre a cessão onerosa de 70% pré-sal às unidades federadas. Foi uma conversa que acabou agradando os governadores, inclusive o de SC.
As contrapartidas dos Estados, exigidas pela União, serão enxugamento da máquina, adequação ao novo momento com correção de distorções fiscais. Em Santa Catarina, o governador já praticou o gesto, encaminhando o pacote da reforma administrativa, com extinção de 2 mil cargos e funções gratificadas e a extinção de secretarias, à Alesc.
Do encontro dos governadores do Sul e Ana Amélia, que foi fechado, pouca coisa vazou. Mas certamente os quatro fizeram projeções sobre as expectativas em torno da aprovação da Nova Previdência, as tramitações de matérias importantes no Congresso Nacional e o clima de beligerância entre o Congresso e o Planalto neste final de março. Depreende-se que a pauta foi nesta direção até pela experiência parlamentar de Ana Amélia Lemos.