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Manchete

Governo mobilizado diante de sintomática ofensiva política na Saúde

O governo do Estado passou o fim de semana organizando uma contraofensiva política e de comunicação ao bombardeio midiático que o setor da Saúde vem enfrentando nas duas últimas semanas.

No núcleo do poder estadual não restam dúvidas de que há um fortíssimo componente eleitoral, muito bem articulado por alguns partidos, com conexões em grandes veículos de comunicação, para tentar fazer o governo Jorginho Mello sangrar.

Lideranças facilmente identificadas e que estão vivamente incomodadas com o crescimento do PL neste mês de transferências partidárias que se encerrou no sábado, 6, estariam reagindo pela via do ataque à Saúde estadual. Até porque o governo do Estado vem nadando de braçadas nesses 15 meses com boa aceitação popular segundo pesquisas de opinião.

A epidemia de dengue, é de conhecimento público, assola o país e vem sendo pessimamente combatida sob Lula III. Interessante que os ataques miram apenas e tão somente a gestão estadual.  Por que? Talvez porque estes mesmos partidos que patrocinam essa ofensiva integram a Esplanada dos Ministérios.

Sobre a falta de gestão federal, nem um pio. Sintomático. Há superlotação nos hospitais catarinenses? Sim, há, como em praticamente todos os estados da federação.

O sistema está abarrotado pelos casos de dengue, quadro agravado por uma onda de doenças respiratórias. Que é sazonal.

Há outros aspectos locais que contribuem para o aumento no período de espera para atendimento em várias unidades de saúde. A cidade de Florianópolis, por exemplo, enfrentou uma greve dos servidores municipais em março que fechou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na Capital, levando a população a buscar ainda mais a rede estadual.

 

NADA DISSO

 

Feita esta leitura, o blog entrou em contato com o secretário de Comunicação de Santa Catarina, João Paulo Gomes Vieira. Segundo ele, há informações falsas sendo divulgadas aos quatro ventos e que estão sendo reproduzidas pela mídia. De acordo com o secretário, não faltaram leitos de UTI nos hospitais estaduais e também não há colapso do sistema como têm repetido alguns jornalistas, com a permissão/conivência de suas empresas.

João Paulo também salienta que a Saúde nunca foi tão bem gerida como no atual governo, que vem batendo recordes de cirurgias eletivas, cirurgias oncológicas e de transplantes.

 

MARATONA

 

Aliás, o secretário de Comunicação vai acompanhar, nesta segunda-feira, a titular da Saúde, Carmen Zanotto, numa maratona em veículos de comunicação munido de vários dados e informações estratégicas. A titular da SES que, aliás, é conhecida e reconhecida, pela esmagadora maioria do setor da Saúde, como uma profissional aberta ao diálogo e extremamente preparada.

 

ESTADUALIZANDO A NARRATIVA

 

Em ano eleitoral, o cenário é absolutamente polarizado na política nacional. Estariam tentando repetir a fórmula que ajudou a derrubar Bolsonaro (o ex-presidente foi demonizado na pandemia) para atingir Jorginho Mello? As mesmas figuras que tentaram desestabilizar o govenador que antecedeu o atual seguem confabulando nos bastidores para tentar enfraquecer o chefe do Executivo eleito em 2022.

O blog não duvida de que essa estratégia esteja em curso, considerando-se, ainda, informações de bastidores e movimentos políticos e midiáticos muito claros desde o ano passado.

 

DIA E NOITE

 

A diferença, contudo, é que o atual inquilino da Casa d’Agronômica não é um neófito como Moisés da Silva. Jorginho Mello foi vereador, quatro vezes deputado estadual, presidente da Alesc; cumpriu dois mandatos de deputado federal, elegeu-se senador e renunciou ao cargo para assumir o governo.

Por fim, não custa perguntar: Santa Catarina é uma ilha, não faz parte do Brasil? E se o governo local fosse de esquerda e o nacional, de direita, será que a linha de cobertura jornalística seria a que estamos assistindo?

Com a palavra, o leitor.

foto>Cristiano Andujar, Secom, arquivo

 

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