Cidade mais atingida pela estratosférica quantidade de chuva que vem assolando Santa Catarina e que se agravou no fim de semana, Florianópolis também é alvo de uma greve da Comcap, autarquia (i)responsável pelo recolhimento de lixo na Capital.
Caixa-preta
A Comcap, abreviatura do pomposo nome de Companhia de Melhoramentos da Capital (o bolso de alguns realmente vem melhorando muito) é uma caixa-preta que precisava ser aberta um dia. Gean Loureiro se reelegeu no primeiro turno, vencendo de braçada a eleição e sentiu que tinha a força e a capacidade para enfrentar essa situação já no início do segundo mandato. No que está corretíssimo e merece todo o nosso aplauso.
Privilégios
Quem é da Comcap tem privilégios a perder de vistas. Quem é servidor da prefeitura é funcionário de segunda divisão. Grosso modo, esse é o quadro do funcionalismo municipal. Como assim? Principalmente os setores de Segurança, Saúde e Educação é que deveriam ser bem mais reconhecidos em todas as esferas administrativas. Mas a Comcap agora parece no olimpo, uma casta de inalcançáveis.
Tiro no pé
E o fato de entrarem em greve é um baita tiro no pé. Os funcionários da companhia estão conspirando contra si próprios. Aliás, o prefeito já contratou uma empresa que faz o trabalho ao custo de um terço do que custa a Comcap.
E o pior, mantiveram a greve, considerado todo este problema meteorológico. O lixo se espalhando pelas galerias, córregos sendo entupidos e, para melhorar (sem trocadilho), aumentando a possibilidade de contaminação e de doenças se espalhando.
Antipatia total
É absolutamente reprovável a condução desta greve absurda da Comcap. Só angariam antipatia. Fecham pontes, eles mesmos espalham lixo pelas ruas e por aí vai. Ou seja, a população que paga o custo altíssimo da companhia, é atacada pelos seus funcionários.
No bolso
Até que enfim a Justiça mandou bloquear R$ 200 mil do sindicato. Pois até então, eram multas pra lá e pra cá, que acabavam anistiadas e nada acontecia. Eles têm que sentir na carne o tamanho do problema que têm criado. Atualizando: na segunda-feira, a Justiça mandou bloquear R$ 600 mil da conta do Sindicato e também determinou o corte do ponto dos grevistas.