Coluna do dia

Guerra no PMDB

O senador Dário Berger, que tem no PMDB seu sexto partido político, reagiu em nota dura às declarações do vice-governador Eduardo Pinho Moreira, que o descartou categoricamente com vistas às eleições de 2018.

Como se sabe, o ex-prefeito da Capital diz que seu candidato é Mauro Mariani, mas a começar pela própria reação veemente na direção do vice, fica ainda mais evidente que ele atua para conseguir a indicação no Manda Brasa e disputar o governo no ano que vem.

Berger estaria usando Mariani como uma espécie de escudo, ou boi de piranha, como se diz no Extremo Oeste.

Pinho Moreira também diz que é candidato. Mas ao contrário do senador, deve abrir mão em favor do prefeito de Joinville, Udo Döhler, nome de sua preferência.

No meio do tiroteio, estão os grupos do Paulo Afonso Vieira e Casildo Maldaner. Têm tudo para ser o fiel da balanço dentro de um PMDB absolutamente rachado e dividido entre vários caciques.

 

Mistério

A certa altura de sua nota, Dário Berger dá uma bela canelada em Eduardo Moreira. “Ele já teve oportunidade de ser candidato, ganhou as prévias e misteriosamente desistiu. Não teve coragem para enfrentar, optou pelo seu único e próprio interesse. Entregou o partido para ser vice.” É guerra. E a turma ainda segue com a pulga atrás da orelha em função da “misteriosa” decisão de Moreira lá em 2010.

 

Impeachment

O conselheiro Federal da OAB, Tullo Cavallazzi Filho, representou a OAB-SC na posse do novo Presidente do Tribunal Regional Federal da 4a Região, em Porto Alegre. Na ocasião, o presidente da OAB, Cláudio Lamachia, subiu o tom dos discursos até então proferidos, citou o impeachment de Dilma Rousseff e defendeu o impedimento do atual presidente, Michel Temer.

 

Saiu do protocolar

Quando chegou a vez  do dirigente da Ordem falar, a maioria das autoridades já havia se manifestado. Todos balizaram seus pronunciamentos pelas questões atinentes ao papel do TRF4.

 

Tensão e caserna

Lamachia destoou. Na presença de inúmeros políticos, como o governador paranaense Beto Richa, senadores, deputados e até quatro generais, incluindo o comandante da quinta região militar, general de Brigada Carlos Alberto Mansur, o causídico lembrou o impeachment de Dilma Rousseff e disse que Michel Temer deve seguir o mesmo caminho, pois não tem mais condições de exercer a presidência. Ele foi tão contundente que houve um silêncio sepulcral na cerimônia e até uma certa tensão.

 

Deboche

Durante o ato em Porto Alegre, também chegou a notícia aos presentes sobre o arquivamento, na Comissão de Ética do Senado, do pedido de cassação do tucano Aécio Neves. O relator, João Alberto, do PMDB, alegou “falta de provas.” Se malas de dinheiro roubado após combinações prévias não são provas, então realmente a ética neste país perdeu-se ou foi roubada também. Diante de tanta desfaçatez, Cláudio Lamachia classificou a decisão de João Alberto como “um deboche.”

 

Prestígio

O presidente da Ordem também destacou o papel do Judiciário no atual contexto, elogiando a postura do TRF4 em relação aos processos da Lava Jato. Ele também citou Tullo Cavallazzi Filho e os outros demais presidentes das seccionais sulistas da OAB, destacando o papel de cada no contexto da representatividade  da classe.

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