Blog do Prisco
Coluna do dia

Guilhotina suspensa

Michel Temer concedeu, esta semana, entrevista ao sistema de Rádio Jovem Pan. Falou sobre vários temas, inclusive um dos mais espinhosos. Questionado sobre a degola de três ministros, todos suspeitos de corrupção cabeluda, em apenas um mês de governo, o peemedebista não ficou nas cordas.

Não só minimizou os “pedidos de demissão” de Romero Jucá, que pilotava o Planejamento; de Fabiano Silveira, da Transparência; e do Turismo, Henrique Alves. Mas disse que eles tiveram senso de “colaboração.” Sob o viés administrativo o discurso presidencial não poderia ter outro tom, mas a cereja do bolo ainda estava por vir.

Michel Temer avaliou que não haverá mais pescoços levados ao cadafalso em seu primeiro escalão a partir de agora. Depois do desastre do (des) governo Dilma, é o que a nação espera. Além da interinidade, que gera instabilidade, as constantes demissões de ministros em um governo embrionário aumentaram substancialmente o ponto de interrogação que paira sobre a governança peemedebista.

 

E o Eliseu?

É bom lembrar que um dos ministros mais próximos de Temer, Eliseu Padilha, começou a ser bombardeado por denúncias. Pelo jeito, o presidente está confiante de que nada vai “estourar” contra seu homem de confiança. A conferir!

 

Casal 20

É assim que Paulo Bernardo e Glesi Hoffmann são conhecidos no meio político. A prisão dele, ex-ministro tanto de Lula quanto de Dilma e marido de uma senadora que parece uma colegial a defender o indefensável na Câmara; ela própria ex-ministra e também suspeita de receber propina graúda, pode ter sido a pá de cal na esperança petista de ver a ex-mãe do PAC de volta ao Planalto.

 

Queridinho

Carlos Gabas, outro que já teve assento na esplanada, foi conduzido coercitivamente na mesma Operação, batizada de Custo Brasil, que alcançou o casal 20. Gabas é homem de confiança da presidente afastada.

 

Fez escola

A Operação Custo Brasil revela que Sérgio Moro fez escola. Ela é resultado de um dos desmembramentos da Lava Jato, quando parte dos processos saiu de Curitiba, despacho muito comemorado por larápios travestidos de autoridades. Desta feita, as prisões, apreensões e conduções coercitivas foram autorizadas com base no trabalho de investigadores paulistas.

 

Colombo e a dívida

Raimundo Colombo reuniu-se com alguns deputados da base aliada na manhã desta quinta-feira. Foi uma conversa aberta. O governador também fez uma explanação detalhando o acordo sobre a dívida de Santa Catarina com a União. Presidente da Alesc e correligionário de Colombo, Gelson Merísio resumiu o encontro, que terminou por volta das 9h30min.

 

Agradecimento

“Muito mais do que uma reunião foi um agradecimento feito pelo governo pelo apoio que recebeu de todos os parlamentares, de todos os partidos, em uma tese que era de Santa Catarina, institucional do Estado, e que se transformou em uma vitória importante que vai dar fôlego às finanças públicas permitindo que os investimentos e as obras possam continuar em um momento de crise. Pode também, com isso, ajudar na manutenção dos empregos e do crescimento da economia estadual,” avaliou Merísio.

 

Reconhecimento gaúcho

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), em manifestação à mídia gaúcha sobre o acordo acerca das dívidas estaduais com a União, fez questão de ressaltar o papel decisivo de Raimundo Colombo e da equipe da Secretaria da Fazenda (Antônio Gavazzoni) para o desfecho que praticamente salva as unidades federadas da bancarrota. Sartori agradeceu “aos irmãos de Santa Catarina.”