Coluna do dia

Incógnitas para o futuro

Incógnitas para o futuro

Embora o governador Raimundo Colombo tenha reiterado nas entrevistas de fim de ano que pretende concorrer ao Senado em 2018, em uma das duas vagas que estarão disponíveis, nada garante que a aliança do seu PSD será com o PMDB, como, aliás, ocorreu nas últimas três eleições majoritárias do Estado, sendo que em 2006 com o PFL e em 2010 com o DEM.

Colombo deixou claro que entregaria o governo ao vice Eduardo Moreira e manifestou sua preferência em repetir a coligação com os peemedebistas, mas o desfecho da composição vai depender, fundamentalmente, do resultado das eleições municipais de 2016, que por sua vez vão ser influenciadas pelo panorama nacional.

Quem estará na presidência da República: Dilma Rousseff ou Michel Temer? Ou nenhum dois? Neste caso, uma nova disputa presidencial poderia coincidir com o pleito municipal. E o desgaste de partidos como o PMDB e o PP, considerando o envolvimento de muitos dos seus líderes na roubalheira da Petrobras? Vão apenas sofrer respingos em SC ou vão acabar contaminados pela Operação Lava Jato, assim como já ocorreu com o PT?

Noiva preferencial

O deputado federal Mauro Mariani já deixou cristalino que gostaria de contar com a parceria do PSDB no projeto majoritário do PMDB em 2018, mas PSD e PP também estão flertando com os tucanos, na expectativa de uma nova tríplice aliança. Neste caso, uma vez formalizada a coligação, Raimundo Colombo poderia estar entregando o governo para um adversário (Eduardo Moreira), desde que consumada a renúncia.

Nove nomes

Raimundo Colombo (PSD), Esperidião Amin (PP) e Paulo Bauer (PSDB) poderiam estar presente em um quarteto majoritário, considerando três nomes já consagrados no plano estadual. O último integrante sairia do quinteto pessedista: Gelson Merísio, Antonio Gavazzoni, João Paulo Kleinubing, Milton Hobus ou João Rodrigues.

Desempenho

Apesar das dificuldades de 2015, a agência do BRDE em Santa Catarina alcançou a meta estabelecida, batendo em mais de R$ 1 bilhão em contratos de financiamentos a projetos de desenvolvimento firmados no Estado. Pelos números até agora contabilizados, SC conquistou o maior número de contratos entre as três agências do Banco. Foram 2.861 contratações, resultado potencializado pela atuação em convênio com as cooperativas de crédito catarinenses e com as entidades de inovação.

Vergonha

Um benefício pago a 43 juízes que atuam nos gabinetes dos ministros dos tribunais superiores (STF, STJ e TSE) faz desse seleto grupo, um dos mais bem remunerados da República. Por mês, eles ganham R$ 32.074, mais diárias fixas de até R$ 6.414. O total mensal pode chegar a R$ 38.488. O valor é superior ao salário de ministro do Supremo Tribunal Federal, que por definição constitucional, é o teto do funcionalismo público, hoje fixado em R$ 33.763.

Apenas aceno

Ficou na promessa a reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma Rousseff no início de outubro, prevendo reduções de ministérios, de secretarias especiais, de cargos comissionados e salários no primeiro escalão da República.

Brincadeira

Dos 3 mil cargos que seriam extintos, apenas 346 foram efetivamente cortados. Das 30 secretarias, só sete deixaram de existir. Ministérios, apenas oito dos 39 foram fulminados de morte. Dilma, o vice Michel Temer e os ministros teriam seus salários reduzidos de R$ 30.934,70 para R$ 27.841,23. Isso também ficou na saudade. A previsão do governo era economizar com esses cortes R$ 200 milhões. O montante alcançado até agora foi de apenas R$ 16,1 milhões.

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