Já se passaram 64 dias, ou mais de dois meses, da indicação do ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) para a diretoria do BRDE. Despacho da lavra do inquilino do Centro Administrativo, Moisés da Silva.
Para que tome posse definitivamente, o emedebista precisa ter o nome, e o currículo, aprovado pelo Banco Central. O salário médio mensal da função, fora as possibilidades que se abrem, é de R$ 60 mil.
Ocorre que Moreira tem um histórico pesado de contenciosos com a Justiça catarinense, especialmente naquele rumoroso, e nunca resolvido, caso da empresa Monreal, cujo contrato foi potencializado no período em que o ex-governador presidiu a Celesc.
A Monreal assinou contrato com a elétrica catarinense para cobrar faturas de consumidores em dívida. Mas não se conhecem documentos que comprovem a prestação dos serviços, apesar da redução drástica no tempo de inadimplência para o corte da energia dos consumidores, de 90 para 45 dias.
O rombo estimado chegou a mais de R$ 50 milhões à época do escândalo, que estourou em 2011.
Considerando-se que Eduardo Moreira tem se apresentado como pré-candidato a deputado estadual, mesmo que assuma o cargo, o que a cada dia que passa parece mais improvável, como o próprio blog já alertou no dia 12 de agosto, quando foi confirmada a nomeação
https://www.blogdoprisco.com.br/eduardo-moreira-e-o-novo-diretor-do-brde/, ele teria cinco meses, se assumir ainda nesta semana, para ser diretor do banco.
Servidores públicos são obrigados, por lei, a deixarem seus cargos seis meses antes do pleito eleitoral. Significa que até o começo de abril Eduardo Moreira teria que se desincompatibilizar.
foto>Cristiano Estrela, NSC, arquivo, divulgação