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Indicadores mostram crescimento da atividade econômica no Sul do Estado

Dados fazem parte do Boletim de Conjuntura Econômica, contratado pela Acic e desenvolvido pelos economistas Leonardo Alonso Rodrigues e Alison Fiuza

Indicadores recentes mostram crescimento da atividade econômica no Sul do Estado nos primeiros meses de 2024. De oito itens levantados e mapeados no Boletim de Conjuntura Econômica, todos tiveram variação positiva.  Contratado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic), o boletim é elaborado pelos economistas Leonardo Alonso Rodrigues e Alison Fiuza.

“Esses dados e informações são fundamentais para as empresas, tanto na orientação para tomada de decisões mais assertivas quanto no planejamento dos investimentos a curto e longo prazo”, considera o presidente da Acic, Valcir José Zanette.

No primeiro bimestre, o saldo entre aberturas e fechamentos ficou positivo em 2.329 empresas na região, diante de 2.162 registrado no mesmo período do ano passado, o que representa crescimento de 7,7% nesse comparativo.

O saldo de empregos formais, que leva em conta o número de contratações e de demissões, teve um avanço ainda maior nos dois primeiros meses de 2024, chegando a 71%, com 4.839 postos de trabalho com carteira assinada adicionados no bimestre, frente a 2.830 em igual período do ano anterior.

Movimentações bancárias e comércio exterior

Houve avanço também nas movimentações bancárias, tomando por base os dados oficiais mais recentes, referentes ao mês de janeiro. As operações de crédito movimentaram R$ 14,04 bilhões no período, um crescimento de 4.4% em comparação aos R$ 13,45 bilhões negociados no mesmo mês de 2023.

Já os financiamentos imobiliários tiveram variação de 10%, indo de R$ 5,21 bilhões em janeiro de 2023 para R$ 5,73 bilhões em janeiro deste ano.

O comércio exterior também demonstrou aquecimento no primeiro trimestre de 2024, com crescimento de 36,5% nas exportações e de 3,6% nas importações por empresas do Sul catarinense.

Outros índices

Completando a lista de dados analisados, o consumo de energia elétrica aumentou 0,6% na região, passando de 4.076.924 de megawatts/hora no acumulado do ano em 2022 para 4.100.045 MWh em 2023.

E a frota de veículos aumentou 3,6% em fevereiro deste ano, no comparativo com o mesmo mês de 2023.

O boletim leva em conta dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Receita Federal, Denatran e Celesc. Os números são analisados pelos economistas em uma visão macro, que engloba a economia mundial e nacional e seus reflexos em Santa Catarina, na mesorregião Sul e no município de Criciúma.

Análise

“Alguns fatores sinalizam uma melhora no ambiente macroeconômico, de tal forma que a economia de Criciúma e região demonstram caminhar no mesmo lado. Por exemplo, a inflação, que era um dos principais problemas enfrentados e que teve como ‘custo’ a manutenção da taxa de juros básica (Selic) em patamares elevados, vem tendo um comportamento de melhora recente”, cita o economista Alison Fiuza.

“Tal cenário de melhora também está possibilitando que o Banco Central venha trabalhando com a redução dos juros, que atualmente marcam 10,75% ao ano e as projeções de mercado indicam que 9% a.a. seja o patamar para o fechamento de 2024”, completa Leonardo Alonso Rodrigues.

Eles apontam que se somam a isso outros fatores, como a geração líquida de postos de trabalho e o aumento real da renda dos trabalhadores, com o consequente crescimento da economia pelo aumento do consumo. Isso vem fazendo com que alguns setores que estavam mais estagnados, como a indústria, voltem a crescer.

“Temos um ano que começou bem para a economia brasileira, estadual e regional, olhando pelo lado da atividade econômica e a melhora de alguns indicadores macroeconômicos relevantes. Isso se refletiu em resultados tanto para o Sul catarinense como para Criciúma”, acrescenta Rodrigues.

O boletim completo e o Anuário Estatístico e Econômico de Criciúma estão disponíveis para consulta no site da Acic.

 

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