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Indústria debate ampliação de comércio com a Alemanha

O Embaixador da República Federal da Alemanha em Brasília, Georg Witschel, visitou a FIESC nesta terça-feira, 14, sendo recebido pelo presidente da Federação, Glauco José Côrte, pelo vice-presidente regional Tito Alfredo Schmitt, além de diretores executivos. O secretário de Estado de Assuntos Internacionais do governo catarinense, Carlos Adauto Virmond Vieira, também participou da recepção, na qual foram discutidos aspectos relacionados à economia do Brasil, de Santa Catarina e da Alemanha. Investido na representação diplomática de seu País no Brasil em setembro do ano passado, Witschel está percorrendo os diversos Estados brasileiros.

Côrte expôs o modelo industrial catarinense, que é descentralizado, distribuído em todas as regiões do Estado. Também apresentou a estrutura de serviços da FIESC e das casas integradas. Indagado por Witschel sobre quais os principais desafios do empresário catarinense, o presidente da Federação citou a elevada e complexa carga tributária, a legislação trabalhista e a infraestrutura. “Nosso principal problema é a infraestrutura física; os custos logísticos catarinenses estão acima da média nacional. O custo de transporte em Santa Catarina equivale a 14% do faturamento, contra uma média nacional de 11% e internacional de 9%”, afirmou.

O embaixador, por sua vez, destacou que Brasil e Alemanha “vivem uma forte contração do comércio bilateral. Para este ano, esperamos uma recuperação ou pelo menos uma estabilização”, comentou. Ele destacou que os acordos entre Mercosul e União Europeia podem promover uma tendência de crescimento nos próximos dois anos. Georg Witschel ainda afirmou que seu País, como grande exportador mundial, pode ser afetado por eventuais medidas protecionistas que venham a ser adotadas pelo novo governo norte-americano. E acrescentou que a compensação pode ocorrer por meio de abertura de novos mercados. “Alemanha e Europa consideram absolutamente necessário aproximar os mercados. Existe potencial enorme de aumentar o comércio e investimentos e de redução de barreiras tarifárias e não tarifárias. A Europa tem uma tendência de redução das alíquotas de importação de alimentos”, afirmou.

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