A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) abriu suas portas na última terça-feira. Ainda no início, as atividades estão por ganhar ritmo, sobretudo após o feriado de Corpus Christi. O movimento é esperado para a próxima semana.
A participação catarinense já se mostrou forte e incisiva. Com apenas um titular, o senador Esperidião Amin, de notável exuberância intelectual e verbal, confirmou que os organismos de inteligência haviam comunicado previamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a ameaça de invasão e depredação. Uma informação preciosa que, infelizmente, foi ignorada.
Como suplente, mas atuando na titularidade, o senador Jorge Seif também se destacou. Seu posicionamento firme, alinhado com Amin, rendeu elogios. Ele demonstrou coragem e combatividade, características que serão essenciais para Santa Catarina, um estado majoritariamente bolsonarista, manter uma participação relevante nesta CPMI.
Oposição no Controle
Apesar do governo ter estabelecido uma maioria confortável na CPMI, não podemos esquecer que a oposição está na liderança, com o presidente Arthur Maia no controle. A relatoria governista, ocupada por uma senadora maranhense, aliada e conterrânea do polêmico ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, terá de trabalhar sob essa liderança.
Um Relatório Alternativo
Há possibilidade de a oposição apresentar um relatório alternativo ao final da CPMI. Tal ação poderia criar um contraponto à narrativa que o governo tentará impor, com a ajuda do “vassalo e capacho” presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
A Verdade nas Redes Sociais
Por mais que a mídia tradicional tente manipular a narrativa (fazendo crer que apenas bolsonaristas depredaram patrimônio público) a verdade se manifesta nas redes sociais. Bolsonaristas responsáveis pelas badernas devem responder, mas também precisamos explorar a possível participação de esquerdistas ou de partidos de esquerda nas ações investigadas.
Omissões a serem Investigadas
As imagens do general G. Dias, ex-guarda-costas de Lula, permitindo a invasão e depredação do Palácio do Planalto, exigem uma análise cuidadosa. Como o senador Esperidião Amin destaca, não só as ações devem ser investigadas, mas também as omissões.
A CPMI e Lula da Silva
Enfim, é preciso ver se Lula da Silva resistirá à essa CPMI. Afinal, CPI é um processo imprevisível. Como dizia Ulysses Guimarães, sabemos como começa, mas nunca como termina. Este segundo semestre promete ser longo para Lula da Silva e para este governo que já exala um cheiro nada agradável.