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Inovação no cooperativismo

LUIZ VICENTE SUZIN

Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)

 

Organizações proativas e competitivas, inseridas nos mais diversos mercados, as cooperativas tornaram-se ambientes de inovação. Gestores e cooperados compreenderam que, na adoção de princípios de melhoria contínua, a inovação deve estar presente em todas as etapas da administração – no planejamento, na organização, na coordenação, no comando e no controle.

            Não há época para inovar. A inovação deve presidir em caráter permanente todos os processos, desde os mais simples e básicos, até os mais longos e mais complexos. As cooperativas movidas por essa orientação são as que mais se destacam no mercado.

            Determinados setores de atuação das cooperativas – que a legislação trata com ramos – são pródigos na incorporação da inovação e, notadamente, na criação de fórmulas e processos inovadores. É o caso da área do agronegócio, que envolve a agricultura e a agroindústria, notabilizada pelo maciço e permanente emprego de ciência e tecnologia.

            No campo, a inovação assegurou a sustentabilidade das atividades agrícolas, pastoris e extrativistas pelo uso racional dos recursos naturais. Além disso, a melhoria do manejo da pecuária intensiva já potencializada pelos avanços em genética e nutrição otimizou os ganhos do empresário rural. Na agroindústria, a inovação permitiu importante evolução em gestão, em processos, em insumos, em máquinas e em equipamento, otimizando os resultados finais. A agricultura e a agroindústria se tornaram repositório de ciência e tecnologia.

Ramos, como o de cooperativismo médico, o de infraestrutura ou de crédito, entre outros, adotaram políticas de inovação. Na realidade, os princípios e postulados do cooperativismo são de abertura e receptividade para tudo o que é inovador e que descortina novas fronteiras do conhecimento.

            Informação de qualidade é o combustível para o conhecimento e este é a chave para a inovação. Nesse sentido, essencial destacar o papel do Sescoop, do Sebrae, do Senar e de outros co-irmãos do Sistema S nos investimentos para formação, qualificação e requalificação dos recursos humanos das cooperativas – gestores, colaboradores e associados – e para a transmissão de informação que levará ao conhecimento e ao incentivo à inovação. Igualmente importante são as parcerias com universidades e centros de pesquisa, o Sistema OCB, as indústrias 4.0 e as experiências bem-sucedidas de cooperativas de vanguarda em outros países.

              Tão importante quanto à informação e o conhecimento é a construção de uma cultura organizacional voltada para a inovação. Isso requer uma mentalidade (mindset) de abertura para o novo, de incentivo à contribuição para os projetos e as iniciativas que surgem, muitas vezes, dentro das próprias cooperativas. Cooperativismo e inovação andam, cada vez mais, de braços dados.

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