Manchete

Investidura de Cobalchini provocaria uma guinada no MDB para 2026?

O PSD e o União Brasil vem se reunindo com certa regularidade desde 2022, um esforço que inicialmente facilitou o entendimento na corrida ao governo do estado, com os pessedistas apoiando Gean Loureiro ao governo, indicando Eron Giordani de vice, e Raimundo Colombo para o Senado. Contudo, o projeto não obteve sucesso, com Gean Loureiro chegando em quarto lugar e Raimundo Colombo sofrendo sua segunda derrota consecutiva na disputa ao Senado.

Mesmo assim, as conversas prosseguiram ao longo de 2023 e agora em 2024, revelando que nas cidades em que a União Brasil não lança candidato — em 23% delas — o partido apoia candidatos do PSD, em 21% dos casos candidatos do PL, e em 12% candidatos do PP e do MDB.

Em percentuais variados, mostrando que não há um alinhamento obrigatório. O União Brasil constrói as coligações de acordo com as melhores perspectivas locais.

O MDB acabou agregando-se a esse bloco que está sendo formado. A chegada do partido coincidiu com a investidura de Valdir Cobalchini na presidência, o que marcou uma mudança significativa, uma vez que, sob a liderança de Carlos Chiodini, o MDB nunca havia participado de tais reuniões. Isso é um indicativo importante, especialmente para muitos emedebistas que desejam estar mais vinculados ao PL, dado o perfil conservador desta sigla, a qual tem relação direta com o movimento bolsonarista, diferentemente do PSD e do União Brasil.

Vale ressaltar que tanto a União Brasil quanto o PSD detêm cada um deles três ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o que demonstra uma busca por viabilizar uma alternativa a forte candidatura à reeleição de Jorginho Mello.

Percebendo os movimentos pessedistas, Jorginho Mello tem provocado defecções e dissidências dentro do PSD, caso típico de Paulinho Bornhausen, que recentemente assumiu a Secretaria Executiva de Articulação Nacional do governo. E já no ano passado, Ricardo Guidi que tomou posse na Secretaria de Meio Ambiente. Na sequência, trocou o PSD pelo PL e hoje é candidato à prefeitura de Criciúma.

Jorginho Mello tem sido cristalino: não quer aproximação com o PSD, especialmente com figuras como João Rodrigues, Eron Giordani e Julio Garcia.

Sair da versão mobile