Dando sequência à apreciação do desafio do jovem empresário Adriano Silva (Novo), que enfrenta o maior desafio de sua vida como prefeito de Joinville, importante pontuar que ele tem base estruturada na Câmara de Vereadores. Sem recorrer a expediente pouco republicanos, digamos assim.
Conta atualmente com o respaldo de 14 parlamentares. Contingente que assegurou a aprovação da Reforma da Previdência. O texto necessitava de 13 votos para passar, mas foi aprovado com o ok de 14 vereadores.
A reestruturação previdenciária é fundamental no projeto administrativo de Silva. A capacidade de investimento da prefeitura só existe na base dos empréstimos já captados junto a instituições de fomento.
Com as novas perspectivas de economia a partir das mudanças no sistema de Previdência, a expectativa do prefeito é captar novos financiamentos. Expediente que, segundo Adriano Silva, será usado com moderação para evitar que as contas da prefeitura entrem no vermelho no futuro.
Ponta a ponta
O que não impede o planejamento ousado para novas obras em Joinville. Estão previstos R$ 200 milhões nas mais variadas estruturas na Zona Norte da cidade. Recentemente, Adriano Silva esteve com o governador. Apresentou a Moisés um projeto para investir mais R$ 100 milhões na Zona Sul (outra ponta) da cidade. Foi durante um almoço reservado entre os dois chefes do Executivo (municipal e estadual).
Pés no chão
Politicamente falando, Adriano Silva também se mostra coerente e consciente. Considera precipitada a movimentação de João Amoêdo, que faz oposição sistemática a Jair Bolsonaro. E olha que o prefeito ainda não conseguiu recursos significativos vindos de Brasília. Ele, contudo, não mistura as coisas. O joinvilense é o único prefeito do partido no Brasil.
Novo racha
A oposição de João Amoêdo rachou o partido Novo. O presidenciável até tentou voltar ao comando da legenda e não conseguiu. Teria que ter quatro votos no diretório nacional, mas só conseguiu três. Os demais dirigentes fecharam com o catarinense Eduardo Ribeiro.
Na proa
Os oito deputados federais do Novo estão alinhados a Ribeiro, que vem desempenhando bom papel à frente do Novo nacional. Seis dos oito parlamentares, o próprio Ribeiro e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (de camisa laranja), estiverem em Joinville para discutir o futuro da sigla.
Mineiramente
Adriano Silva já enxerga no correligionário mineiro um nome com possibilidades para a eleição presidencial de 2026. Para tanto, Romeu Zema precisará carimbar a reeleição ao governo de Minas Gerais.
Alto lá
Com tanto futuro pela frente, Adriano Silva considera que não é preciso fazer oposição a Jair Bolsonaro. É preciso apoiar os aspectos positivos, até porque o mundo todo enfrenta uma das piores crises da história moderna, originada no vírus chinês que assolou (e assola) o planeta.
O que importa
O prefeito lembra que temos questões urgentes a tratar como o desemprego, a ameaça inflacionária, as empresas carecendo de fontes de investimentos. Enquanto isso, a CPI do Circo, ou da vergonha, tenta chamar o foco do país para questiúnculas, politicagem rasteira que só atrapalha o país.