Por solicitação do deputado João Amin (PP), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa debateu a necessidade da instalação de um hemocentro no município de Itajaí. A reunião contou com a participação de reprsentantes do Hemosc, lideranças e vereadores da região da AMFRI, Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí.
A demanda já havia sido debatida em audiência pública em Itajaí, quando ficou definido o encontro no âmbito da Comissão. “Em agosto nos reunimos em audiência pública e nos foi informado que o banco de coleta em parceria com a Univali não atendia a demanda da região. Tendo em vista a necessidade apresentada formatamos esse encontro para ampliar o debate e a participação”, afirmou João Amin.
Nessa direção, o secretário Municipal de Saúde de Itajaí, Celso Dellagiustina, argumentou que com o nível de atendimento de alta complexidade nos hospitais Ruth Cardozo e Marieta Konder Bornhausen o município fica a mercê do Hemosc de Florianópolis. “Precisamos de uma unidade de coleta e transfusão, sob risco de não conseguirmos atender os nossos pacientes”.
Vereador de Itajaí, Calinho Mecânico (PP) salientou que essa é uma luta antiga de toda região da AMFRI, que comporta 11 municípios que utilizam a rede hospitalar em questão. “Estamos há 10 anos lutando por esta causa. Entra governador e sai governador, entra secretário e sai secretário. Continuamos com atendimentos precários por conta da falta de um hemocentro que realize os procedimentos em sua totalidade”.
Em contra partida aos argumentos daqueles que defendem a instalação do hemocentro, a diretora do Hemosc, Denise Linhares, fez algumas ponderações. Segundo ela, nos últimos anos os processos foram centralizados com intuito de dar mais segurança ao sangue coletado e por conta disso nenhum hemocentro regional faz procedimentos além de coleta e distribuição. “Acompanhamos o crescimento da população, o deslocamento dos serviços e avaliamos de acordo com os dados. O Hemosc acompanha o estoque de sangue de toda Santa Catarina de forma a manter o equilíbrio da coleta sem necessidade de descarte exagerado de determinados tipos de sangue”, registrou a diretora.
Com a apresentação de diferentes avaliações sobre a necessidade ou não da instalação de hemocentro em mais regiões catarinenses, ficou definido que o assunto continua na pauta da Comissão e novos estudos deverão ser feitos para avaliar os encaminhamentos futuros.